O gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para expandir a guerra na Faixa de Gaza, o que inclui a "conquista do território palestino" e fazer com que a população deixe o território, afirmou nesta segunda-feira (5) uma pessoa ligada ao governo.
Um dia antes, o Exército havia anunciado a mobilização de dezenas de milhares de reservistas para intensificar a ofensiva contra o grupo terrorista Hamas. Segundo uma pessoa próxima ao governo, a estratégia incluirá, entre outros pontos, a ocupação de Gaza, a manutenção do controle territorial e o deslocamento da população civil para o sul, sob justificativa de proteção.
Um relatório da emissora pública israelense Kan, citando autoridades com conhecimento dos detalhes, afirmou que o novo plano é gradual e levará meses, com as forças se concentrando primeiro em uma área do território devastado.
Segundo o ministro do gabinete de segurança Zeev Elkin, esse cronograma pode abrir caminho para um cessar-fogo e negociações por um acordo de libertação de reféns antes da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à região na próxima semana.
"Ainda há uma janela de oportunidade até que o presidente Trump conclua sua visita ao Oriente Médio, se o Hamas entender que estamos falando sério", disse Elkin à Kan nesta segunda.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também continua apoiando a ideia de Trump de promover a "emigração voluntária" dos habitantes de Gaza para países vizinhos, como Jordânia e Egito. Os dois países, no entanto, já expressaram oposição à proposta.
O gabinete de segurança, que inclui Netanyahu e vários ministros, aprovou de forma unânime o plano, que também pretende garantir o retorno dos reféns israelenses ainda em cativeiro.
Já controlando cerca de um terço do território de Gaza, Israel retomou as operações terrestres em março após o colapso de um cessar-fogo apoiado pelos EUA que havia interrompido os combates por dois meses. Desde então, Tel Aviv impôs um bloqueio total de ajuda ao território.
Agências