O papa Francisco apresenta uma "leve melhora" e não teve crises respiratórias nesta segunda-feira (24), segundo novo boletim divulgado pelo Vaticano à tarde. A insuficiência renal registrada no domingo não é preocupante, segundo os médicos. Este é o décimo dia do pontífice no hospital Agostino Gemelli, em Roma, a quarta internação em seu papado e agora a mais longa não programada - em 2021, ele também ficou dez dias no Gemelli, mas para uma cirurgia prevista no intestino.
O boletim anterior, da noite de domingo, dizia que ele não tinha tido novas crises respiratórias, como a verificada ao longo do sábado, mas apresentava sinais de insuficiência renal. Ele continuava recebendo oxigênio por cateter nasal, mas não tinham sido feitas novas transfusões.
Pela manhã, a nota se limitou a relatar que a noite tinha sido boa e que o papa estava descansando depois de ter dormido. Segundo fontes do Vaticano, o papa se alimentava normalmente, sem nutrição artificial, e estava de bom humor. Ele continuava com o tratamento farmacológico e não sentia dores.
Nesta segunda, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, conduziu um rosário na praça São Pedro para rezar e manifestar solidariedade ao papa. Ele é um colaborador próximo de Francisco. Participaram demais cardeais que moram em Roma e funcionários da Cúria Romana, o braço administrativo do Vaticano.
Em demonstração de que segue em parte suas funções, o papa assinou a nomeação de quatro bispos nesta segunda, incluindo um brasileiro. O mineiro dom Joaquim Giovani Mol Guimarães foi nomeado como coadjutor da Diocese de Santos.
Depois de evidente dificuldade respiratória em eventos públicos desde o início do mês, o papa foi internado no dia 14 com sintomas de bronquite. Exames revelaram a existência de uma infecção polimicrobiana e pneumonia bilateral (nos dois pulmões). O equilíbrio da terapia farmacológica é um desafio, disseram os médicos do papa na sexta (21), na única entrevista coletiva até o momento.
Francisco, papa desde 2013, tem sofrido com problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele é propenso a infecções pulmonares porque desenvolveu pleurisia quando jovem e teve parte de um pulmão removida.
Folhapress