Donald J. Trump retornou à Casa Branca nesta segunda-feira (21) para seu segundo mandato como presidente dos Estados Unido. O republicano de 78 anos tomou posse como o 47º presidente ao lado de seu vice, J. D. Vance, em uma sessão fechada no Capitólio, devido ao frio intenso em Washington - foi a 3ª vez na história que a cerimônia não ocorreu ao ar livre.
Durante a cerimônia, Trump jurou sobre duas Bíblias. "Eu juro solenemente que executarei fielmente o cargo de presidente dos EUA e, da melhor forma possível, preservarei, protegerei e defenderei a Constituição americana", declarou, conforme determinado pela Constituição.
Uma das Bíblias usadas foi dada a ele pela mãe, em 1955, para marcar a sua formatura na Escola Primária da Igreja Presbiteriana Primeira, em Nova York. A outra pertenceu a Abraham Lincoln – hoje é parte da coleção da Biblioteca do Congresso – e foi usada pela primeira vez pelo 16º presidente dos EUA durante a posse, em 1861. Desde então, ela foi utilizada em três ocasiões: duas pelo ex-presidente Barack Obama (2009-2017), e uma pelo próprio Trump, em 2017. A Bíblia faz parte de coleção da Biblioteca do Congresso.
O agora ex-presidente Joe Biden participou da cerimônia, cumprindo uma tradição de o mandatário cessante estar presente no ato que confirma a entrega do cargo para o sucessor. Isso marca uma diferença para 2021, quando Trump se recusou a admitir a derrota para o democrata e faltou ao evento.
O discurso foi acompanhado por cerca de 600 pessoas no Capitólio. Entre elas um grupo poderoso, o de bilionários do Vale do Silício - que incluiu o dono do X, Elon Musk, o da Meta, Mark Zuckerberg, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos. O conjunto de empresários foi apontado pelo presidente Biden como uma "oligarquia de não eleitos" no poder, algo preocupante, segundo o democrata.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convidado, mas não pode ir porque não teve o passaporte liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estão nos EUA, mas não puderam acompanhar a cerimônia de dentro do Capitólio.
Boa parte dos convidados iniciais para a cerimônia, que ocorreria a céu aberto em uma das entradas do Congresso, ficou de fora. Os planos de Trump mudaram na sexta (17), o que levou a organização a repensar todo o esquema da posse.
Pessoas que doaram valores elevados a Trump não puderam acompanhar a cerimônia presencialmente. Foram priorizados no evento parlamentares e altas autoridades, como o presidente da Argentina, Javier Milei.
O convite a um chefe de Estado também quebra uma tradição, já que esses líderes não costumam ser chamados para a posse. Do lado brasileiro, a cerimônia foi acompanhada pela embaixadora Maria Luiza Viotti.
Presidente tem maioria na Câmara e no Senado
Trump chega à Casa Branca com uma maioria, ainda que apertada, tanto na Câmara como no Senado. Tem em suas mãos também um Partido Republicano que agora lidera e que no seu último mandato era repleto de desconfianças com seu nome.
O presidente ainda montou um time de aliados fiéis para compor o seu gabinete. Segundo ele mesmo disse, as decisões serão tomadas sob medida para garantir que consiga aprová-las no Congresso.