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Publicada em 30 de Outubro de 2024 às 19:57

Sindicatos de transporte fazem greve contra reajustes do governo Javier Milei

Desde a madrugada, Buenos Aires, é palco de engarrafamentos, filas nas estações de metrô e ônibus lotados

Desde a madrugada, Buenos Aires, é palco de engarrafamentos, filas nas estações de metrô e ônibus lotados

ELENA BOFFETTA/AFP/JC
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Folhapress
Movimentos sociais da Argentina, incluindo os principais sindicatos de transporte, iniciaram uma greve de 24 horas à meia-noite desta quarta-feira (30) que deixou parte da nação parada. Os manifestantes protestam contra medidas de austeridade do presidente Javier Milei.
Movimentos sociais da Argentina, incluindo os principais sindicatos de transporte, iniciaram uma greve de 24 horas à meia-noite desta quarta-feira (30) que deixou parte da nação parada. Os manifestantes protestam contra medidas de austeridade do presidente Javier Milei.
Desde a madrugada, a capital, Buenos Aires, é palco de engarrafamentos, filas nas estações de metrô e ônibus lotados, de acordo com a imprensa local. Os modais afetados incluem trem, metrô, ônibus, táxis e até mesmo portos e aviões.
Segundo o jornal La Nación, cinco dos oito sindicatos mais importantes do setor aéreo pararam, impactando cerca de 27 mil pessoas e deixando aeroportos desertos. A adesão dos 12 sindicatos dos trabalhadores de portos, por sua vez, interrompeu as atividades portuárias em Buenos Aires, La Plata, Bahía Blanca e Rosario, afetando o comércio exterior.
O caos deve continuar nesta quinta-feira (31), quando o sindicato que representa os trabalhadores de ônibus e bondes decidiu protestar. Esse tipo de transporte, no entanto, já é afetado nesta quarta devido a rachas internos.
O governo Milei, que tenta emplacar sua agenda ultraliberal após quatro anos de gestão peronista, confrontou os sindicatos. "Os sindicalistas não te deixam trabalhar. Por uma medida dos sindicalistas Moyano e Biró para proteger seus privilégios, nesta quarta não haverá serviço de transporte. Se te obrigarem a parar, ligue para o 134", lia-se em uma tela da estação de trem Moreno, na região metropolitana de Buenos Aires.
O recado faz referência a Hugo Moyano, secretário-geral do Sindicato dos Caminhoneiros de Buenos Aires, e Pablo Biró, secretário-geral da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas. A mesma mensagem foi enviada aos argentinos pelo MiArgentina, aplicativo oficial para facilitar serviços do Estado aos cidadãos.
Anteriormente, o app já havia sido usado para mensagens políticas -no próprio governo Milei, mas também no de seu antecessor, Alberto Fernández. Após a derrota nas primárias argentinas, em 2021, usuários da ferramenta receberam uma notificação que reproduzia um discurso do peronista. O porta-voz do governo, Manuel Adorni, se pronunciou sobre a greve na rede social X, com uma publicação irônica: "Boa jornada de trabalho a todos".
 

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