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Publicada em 05 de Setembro de 2024 às 19:36

Advogado diz que González não comparecerá ao MP 'por falta de garantias'

Advogado Haro (e) se reuniu com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab

Advogado Haro (e) se reuniu com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab

AFP/JC
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Folhapress
O advogado José Vicente Haro, que representa Edmundo González, líder da oposição venezuelana, foi até a sede do Ministério Público do país e entregou um documento explicando a decisão do político de não atender uma convocação do órgão.
O advogado José Vicente Haro, que representa Edmundo González, líder da oposição venezuelana, foi até a sede do Ministério Público do país e entregou um documento explicando a decisão do político de não atender uma convocação do órgão.
Haro se reuniu na quarta-feira (4) com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab. Após a reunião, o advogado disse que Procuradoria-Geral da República rejeitou o documento apresentado pela defesa de González.
No documento, defesa justifica a ausência do cliente devido a "violações do processo", por não dar o "direito à presunção de inocência e às garantias constitucionais". A defesa aponta ainda para "todas as razões constitucionais e legais" pelas quais o candidato opositor não compareceu após os pedidos de convocação.
No documento há todos os detalhes pelos quais González não compareceu para preservar a sua integridade física, sua liberdade, sua vida. E, tendo em conta que não há garantias institucionais neste momento, para que González compareça.
O pedido de prisão foi feito pela Procuradoria-Geral em Caracas na segunda-feira. O documento que solicita a prisão fala em crimes de conspiração e sabotagem ao sistema.
A manifestação do MP venezuelano ocorreu depois que o opositor faltou à terceira convocação da Justiça. Ele responderia por usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência às leis, associação para cometer um crime e conspiração.
A investigação também mira o site lançado pela oposição com as supostas atas da eleição, nunca divulgadas oficialmente pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral). O portal mantido pelos oposicionistas mostra que González venceu a eleição.
González foi intimado a comparecer no início de agosto ao Tribunal Superior de Justiça da Venezuela poucos dias depois das eleições. O procurador-geral Tarek William Saab informou ter aberto uma investigação contra o opositor de 74 anos e Maria Corina Machado, de 56, por suposta prática de usurpação de funções, instigação à insurreição e conspiração, entre outros crimes.
 

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