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Publicada em 13 de Maio de 2024 às 21:15

Israel avança no Norte de Gaza, onde dizia ter derrotado o Hamas há meses

Ação do Exército de Israel mostra de que o grupo terrorista está se reagrupando em algumas dessas regiões

Ação do Exército de Israel mostra de que o grupo terrorista está se reagrupando em algumas dessas regiões

JACK GUEZ/AFP/JC
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Folhapress
O Exército de Israel avançou, nesta segunda-feira (13), em áreas do Norte da Faixa de Gaza nas quais Tel Aviv havia comemorado o desmantelamento do Hamas alguns meses atrás. A movimentação é uma mostra de que o grupo terrorista que liderou os ataques de 7 de outubro está se reagrupando em algumas dessas regiões.
O Exército de Israel avançou, nesta segunda-feira (13), em áreas do Norte da Faixa de Gaza nas quais Tel Aviv havia comemorado o desmantelamento do Hamas alguns meses atrás. A movimentação é uma mostra de que o grupo terrorista que liderou os ataques de 7 de outubro está se reagrupando em algumas dessas regiões.
A Força Aérea de Israel afirmou na rede social X ter atingido 120 alvos no território palestino no último dia, citando a cidade de Jabalia e o bairro Al-Zeitoun, um subúrbio a leste da Cidade de Gaza. Ambas as localidades ficam no Norte.
Tel Aviv alega que a retomada dos combates no Norte sempre fez parte de seus planos para impedir que os combatentes retornassem. Os palestinos, por sua vez, dizem que a necessidade de retornar a campos de batalha anteriores é a prova de que os objetivos militares de Israel são inatingíveis.
Em Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados de Gaza construídos há 75 anos para abrigar refugiados palestinos expulsos do que hoje é Israel, autoridades de saúde ligadas ao Hamas disseram ter recuperado 20 corpos após ataques aéreos noturnos.
Ali, moradores fugiram de suas casas carregando sacolas em ruas cheias de destroços. Eles afirmaram à agência de notícias Reuters que projéteis de tanques estavam caindo no centro do campo e ataques aéreos haviam destruído casas.
De acordo com a UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, hoje a Faixa de Gaza tem 1,7 milhão de deslocados internos, o que representa 75% da população do território. O órgão afirmou ainda que cerca de 360 mil pessoas já fugiram de Rafah, no Sul, desde que Israel começou a ordenar a desocupação de parte da cidade.
Nessa cidade na fronteira com o Egito que é refúgio para mais de 1 milhão de palestinos, os moradores dizem que bombardeios aéreos e terrestres estão se intensificando e tanques bloquearam uma das principais estradas de Gaza.
Apesar da preocupação de organizações humanitárias e da comunidade internacional, Israel ordenou que os palestinos saíssem do Leste da cidade na semana passada e estendeu essa ordem para áreas centrais nos últimos dias, enviando centenas de milhares de pessoas para novos abrigos.
A oposição ao plano de invadir a região inclui até aliados históricos, como os Estados Unidos. Neste domingo, o secretário do departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a guerra matou mais civis do que membros do Hamas e que uma operação em Rafah não eliminará o grupo terrorista. "Vimos o Hamas voltar às áreas que Israel libertou no Norte", afirmou o funcionário americano à emissora NBC.

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