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Publicada em 17 de Março de 2024 às 16:15

Putin é reeleito presidente da Rússia com votação recorde

No poder há quase 25 anos, Putin é o líder mais longevo desde Stálin

No poder há quase 25 anos, Putin é o líder mais longevo desde Stálin

Vladimir ASTAPKOVICH/Sputnik/AFP/JC
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Folhapress
Como seria previsível, Vladimir Putin foi reeleito por mais seis anos como presidente com 87% dos votos e 73,3% de comparecimento às urnas, recordes na história da Rússia pós-soviética. Foi o que apontaram, respectivamente, pesquisa de boca de urna e a Comissão Eleitoral Central.
Como seria previsível, Vladimir Putin foi reeleito por mais seis anos como presidente com 87% dos votos e 73,3% de comparecimento às urnas, recordes na história da Rússia pós-soviética. Foi o que apontaram, respectivamente, pesquisa de boca de urna e a Comissão Eleitoral Central.
Não que houvesse dúvidas, seja pelo real apoio de um líder que tem 86% de aprovação em sondagens independentes, seja pelas fartas acusações por parte da minguante oposição de que houve fraudes e abuso do poder político para garantir o resultado desenhado pelo Kremlin.
Até os protestos do "Meio-dia contra Putin", que levaram muitos russos no país e fora dele a engrossar filas às 12h (6h em Brasília) para demonstrar descontentamento com a eleição a pedido dos apoiadores do falecido opositor Alexei Navalni, tiveram um grau de previsibilidade.
Ocorreram sob forte escolta policial, mínimos incidentes e, a acreditar na comissão e na boca de urna, sem impacto no resultado final. Ao fim, tudo será verdade a depender de qual rede social conta a história.
Putin teve, diz a pesquisa feita por dois institutos estatais, 87% dos votos, acima do que o Kremlin projetava. A seguir vieram três deputados que cumpriam tabela, o comunista Nikolai Kharitonov, com 4,7%, o liberal Vladislav Davankov, com 3,6% e o ultranacionalista Leonid Sluski, com 2,5%.
O comparecimento segundo a comissão eleitoral foi de 73,3%, acima dos já recordistas 67,7% de 2018. A divisão da votação principal em três dias facilitou o impulso, com empresas incentivando funcionários a ir às urnas.
Em 2028, se estiver no seu gabinete, Putin ultrapassará os 29 anos de ditadura soviética sob Josef Stálin, tornando-se o mais longevo líder russo moderno. Putin foi premiê naquele 1999, até o alquebrado e embriagado Ielstin renunciar no réveillon e lhe deixar a cadeira. Foi eleito em 2000 e 2004, e em 2008 voltou para o banco nominalmente do passageiro como primeiro-ministro do governo do pupilo Dmitri Medvedev.
E em 2022, Putin comandou a invasão na Ucrânia, principal ato de seu reinado, cujo impacto vai se espraiar por gerações -independentemente do desfecho do conflito. A demografia declinante segue um desafio sem solução simples.
Em um momento de vantagem tática no campo, apesar de ter visto sua capital ser alvejada sem sucesso por drones no último dia de eleição e ao menos uma pessoa morrer em bombardeiros em Belgorodo (Sul), Putin irá agora usar a vitória acachapante como item legitimador de seus próximos passos.

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