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Publicada em 16 de Janeiro de 2024 às 20:22

Desigualdade aumentou em 2023, diz Banco Mundial

Combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia de Covid-19

Combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia de Covid-19

ESSA AHMED/AFP/JC
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Folhapress
Em torno de 700 milhões de pessoas sobrevivem com menos de US$ 2,15 (R$ 10,50) por dia. São os mais pobres entre os pobres do planeta. Esse número era 40% menor em 2010. Mas o combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia de Covid-19, o que motivou um recuo de três anos no combate à baixíssima renda.
Em torno de 700 milhões de pessoas sobrevivem com menos de US$ 2,15 (R$ 10,50) por dia. São os mais pobres entre os pobres do planeta. Esse número era 40% menor em 2010. Mas o combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia de Covid-19, o que motivou um recuo de três anos no combate à baixíssima renda.
A informação está em relatório que o Banco Mundial publicou em dezembro. A instituição afirma que, em razão da pandemia, 2022 foi um ano de incertezas. Mas no ano passado as coisas andaram para trás, e 2023 foi o ano do aumento das desigualdades. As informações são da agência Folhapress.
O Banco Mundial tem sede em Washington e é gêmeo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sua missão explícita é a de provar que o capitalismo é o único meio que dá acesso ao crescimento econômico e à redução das desigualdades.
Por uma desagradável coincidência, no ano passado, o Banco Mundial redesenhou o projeto que vem aplicando desde que foi criado, no pós-guerra. Seu presidente, o economista norte-americano de origem indiana Ajaypal Singh Banga, definiu como novo objetivo a criação de um mundo sem pobreza dentro de um ambiente ecologicamente saudável.
Essa meta está situada num futuro remoto. O relatório do banco afirma que o combate à pobreza empacou mesmo nas faixas de renda menos precárias, que vão de US$ 3,65 a US$ 6,85 (ou R$ 17,80 a R$ 33,30) por dia, esta última mais próxima da classe média baixa.
A contrapartida a esse quadro está na constatação de que os países com baixa renda média, ao contrário dos que são bem mais pobres, reagiram às políticas adotadas no pós-Covid, ou seja, continuam a reduzir a pobreza. Exemplos disso são o México, a África do Sul e o Brasil, países que o relatório não cita nominalmente, mas que estão nessa categoria segundo a classificação da instituição.
 

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