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Publicada em 19 de Novembro de 2023 às 16:47

Generais da reserva pedem golpe na Espanha, após posse de Sánchez

Na sexta, Sánchez compareceu ao Palácio Zarzuela, onde jurou perante o rei e tomou posse

Na sexta, Sánchez compareceu ao Palácio Zarzuela, onde jurou perante o rei e tomou posse

Andres BALLESTEROS/AFP/JC
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Folhapress
Após a posse do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez (PSOE), para um novo mandato perante o rei Filipe 6º da Espanha, um grupo de 56 militares na reserva publicou um manifesto pedindo que seus pares na ativa promovam um golpe de Estado. A Associação de Militares Espanhóis (AME) é uma entidade radical de direita, que já protagonizou outros episódios polêmicos.
Após a posse do primeiro-ministro socialista, Pedro Sánchez (PSOE), para um novo mandato perante o rei Filipe 6º da Espanha, um grupo de 56 militares na reserva publicou um manifesto pedindo que seus pares na ativa promovam um golpe de Estado. A Associação de Militares Espanhóis (AME) é uma entidade radical de direita, que já protagonizou outros episódios polêmicos.
Há cinco anos, eles divulgaram um outro manifesto, intitulado "Declaração de respeito e reparação ao General Francisco Franco Bahamonde, soldado da Espanha", no qual tecia loas ao ditador que governou a Espanha por 39 anos (1936-1975) e aos seus métodos.
Desta vez, eles se colocaram contra a anistia e o acordo de Sánchez com os movimentos independentistas. No texto, pedem que os defensores da "ordem constitucional" destituam o premiê e convoquem eleições gerais.
Sánchez foi eleito para seu segundo mandato de quatro anos na quinta, com uma maioria no Congresso dos Deputados de 179 votos contra 171. Na manhã de sexta, ele compareceu ao Palácio Zarzuela, onde jurou perante o rei e tomou posse.
Os atos, que acontecem há mais de dez dias, começaram após o PSOE e o Juntos pela Catalunha divulgarem que haviam chegado a um acordo de anistia para que os políticos que haviam proclamado de forma ilegal a independência da Catalunha em 2017 ficassem livres de penas e processos.
Esse acordo foi a exigência do Juntos para que cedesse a Sánchez os sete votos a que tinha direito no Congresso. Com isso, o socialista obteve a maioria e a reeleição.

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