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Publicada em 15 de Novembro de 2023 às 16:33

Vinte e seis repatriados de Gaza chegam a São Paulo

Dos 26, nove seguiram para a casa de familiares e 17 para um abrigo

Dos 26, nove seguiram para a casa de familiares e 17 para um abrigo

Paulo Pinto/AGÊNCIA BRASIL/JC
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Agência Brasil
Vinte e seis dos 32 repatriados da Faixa de Gaza chegaram nesta quarta-feira (15) a São Paulo. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 11h23min na Base Aérea de Guarulhos. Dos 26, nove seguem para a casa de familiares e 17 para um abrigo no interior paulista. Os números foram atualizados nesta quarta; inicialmente 12 iriam para o abrigo.
Vinte e seis dos 32 repatriados da Faixa de Gaza chegaram nesta quarta-feira (15) a São Paulo. A aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 11h23min na Base Aérea de Guarulhos. Dos 26, nove seguem para a casa de familiares e 17 para um abrigo no interior paulista. Os números foram atualizados nesta quarta; inicialmente 12 iriam para o abrigo.
“A gente está muito feliz. Eu não acredito até agora que consegui sair dali viva”, contou Shahed al-Banna, que mora em São Paulo e retornará a sua casa. Ela explicou que foi à Palestina acompanhar a mãe doente, para que ela se despedisse da família. “Ela teve câncer e faleceu”, relatou.
O grupo de brasileiros repatriado do enclave, que está no centro do conflito no Oriente Médio, chegou a Brasília na madrugada de segunda-feira (13), após mais de um mês de espera. Shahed lamenta que familiares ainda estejam na área de bombardeios. “Estamos preocupados com quem ficou lá. Não vou conseguir ter completa felicidade até que eles venham para cá.”
Mahmoud Abuhaloub também foi um dos que desembarcou em São Paulo e disse estar feliz de voltar ao Brasil. “Lá [em Gaza] tenho dois irmãos, com as famílias deles, e minha irmã. A minha irmã está sob a minha responsabilidade”, relatou.
A localização exata do abrigo não foi revelada por questões de segurança. O local é destinado a receber refugiados. As cinco famílias ficarão em unidades individuais com quartos e banheiros, refeitório para alimentação e espaço para convivência. Elas poderão permanecer no local por tempo indeterminado. Esses repatriados solicitaram a ida ao abrigo por não terem onde se instalar no País.
Nos dois primeiros dias em Brasília, equipes do Ministério da Justiça atenderam os repatriados e orientaram sobre a regularização migratória para que possam ter acesso a documentos, como RG, CPF, segunda via de certidão de nascimento, autorização de residência e de trabalho e visto de permanência temporário.

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