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Internacional

Guerra na Ucrânia

- Publicada em 01 de Junho de 2023 às 20:23

Rússia acusa Ucrânia de tentar invadir fronteira com tanques

Embates entre russos e ucranianos se acirraram na última semana, após 15 meses de conflito

Embates entre russos e ucranianos se acirraram na última semana, após 15 meses de conflito


GENYA SAVILOV/AFP/JC
A Rússia acusou nesta quinta (1º) forças de Kiev de tentar pela primeira vez na Guerra da Ucrânia fazer uma incursão contra sua fronteira Sul, na região de Belgorodo, com o apoio de tanques, blindados e lançadores de mísseis.
A Rússia acusou nesta quinta (1º) forças de Kiev de tentar pela primeira vez na Guerra da Ucrânia fazer uma incursão contra sua fronteira Sul, na região de Belgorodo, com o apoio de tanques, blindados e lançadores de mísseis.
Segundo o Ministério da Defesa em Moscou, foram três tentativas após bombardeio intenso da cidade de Chebekino, que já vinha sofrendo ataques com obuses e mísseis nos últimos dias. Nenhuma delas, diz a pasta, chegou a entrar no território russo.
Kiev, que sempre nega tais ações, ainda não comentou o caso. Elas são reivindicadas por grupos como a Legião Liberdade da Rússia ou o Corpo de Voluntários Russos, que participaram de uma incursão em Belgorodo na semana passada com armas ocidentais.
Não há relatos independentes para validar ou não os detalhes fornecidos pelos russos, mas se confirmados, indicam uma escalada considerável por parte dos ucranianos. A alternativa conspiratória, de que Moscou infla a situação para tomar medidas mais drásticas, até aqui não passou disso.
O governo russo chamou os atos de ações terroristas, e que ao menos 30 inimigos foram mortos, quatro veículos de combate blindados e um lançador de foguetes Grad, destruídos. A denominação visa evitar chamar o incidente de ato de guerra, dado que o presidente Vladimir Putin insiste em classificar a guerra que iniciou em 24 de fevereiro do ano passado de "operação militar especial".
Isso obedece a uma lógica surrada a essa altura, de tentar minimizar o impacto do conflito entre os russos, particularmente as classes médias e altas de centros urbanos grandes. Se chamar a guerra de guerra, isso implica decretos de mobilização nacional que Putin tem evitado - até aqui, fez apenas uma convocação de 300 mil reservistas, no fim do ano passado.
Como a crescente violência em Belgorodo, os ataques com drones em Moscou e a alvos como refinarias mostram, contudo, a validade da retórica está vencida. As tentativas de invasão ocorreram em dois pontos de fronteira, em Novaia Tavolzanka e no bloqueio rodoviário internacional de Chebekino. Imagens em redes sociais mostraram o prédio da administração desta última cidade em chamas na manhã desta quinta (madrugada no Brasil), indicando que os bombardeios foram mesmo intensos.
Na quarta (31), os Estados Unidos chegaram a advertir o governo de Volodimir Zelensky a não atacar alvos em solo russo, pelo temor de uma escalada que envolva os fornecedores das armas ucranianas --Washington e seus parceiros ocidentais. Ao mesmo tempo, no que foi denunciado como hipocrisia por políticos em Moscou, anunciou mais um pacote de ajuda militar, agora de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão).