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Internacional

Relações Internacionais

- Publicada em 22 de Maio de 2023 às 18:20

Lula quer zerar desmatamento na Amazônia até 2030

Lula disse que o País quer auxiliar o mundo a cumprir as metas de combate a mudanças climáticas

Lula disse que o País quer auxiliar o mundo a cumprir as metas de combate a mudanças climáticas


/RICARDO STUCKERT/PR/JC
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Ele disse que isso não significa transformar o local em um "santuário", mas encontrar possibilidades de exploração sustentável. "Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem, não é para transformar a Amazônia num santuário", disse ele.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Ele disse que isso não significa transformar o local em um "santuário", mas encontrar possibilidades de exploração sustentável. "Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem, não é para transformar a Amazônia num santuário", disse ele.
Lula deu as declarações em Hiroshima, no Japão, onde participou de reunião do G-7. A temática ambiental e de controle das mudanças climáticas é um dos temas com maior capacidade de projetar o Brasil globalmente. Por isso, o presidente sempre fala sobre o assunto quando tem compromissos internacionais.
O presidente disse que o País "está de volta" ao cenário internacional e quer ajudar o mundo a cumprir as metas de combate a mudanças climáticas. Segundo o presidente, o Brasil tem "autoridade moral" para discutir o tema com o mundo.
Lula voltou a cobrar que os países ricos cumpram seus compromissos sobre mudanças climáticas, mas disse que as ações do Brasil independem disso. "O Brasil vai fazer por conta própria aquilo que o Brasil tem que fazer. Preservar a Amazônia é dever e responsabilidade do povo brasileiro", declarou.
De acordo com ele, é necessária uma governança global mais forte para que os acordos costurados entre os países sejam postos em prática. Ele voltou a falar em reformar o Conselho de Segurança da ONU.
Lula também disse que os indígenas são "guardiões da floresta" no Brasil e em países vizinhos. E que terá conversas com os demais países que têm porções de Floresta Amazônica para discutir como preservá-la. Também mencionou a possibilidade de incluir na articulação países de outros continentes que têm biomas semelhantes ao da Amazônia, como Congo e Indonésia.
Já em relação à guerra da Ucrânia, as declarações de Lula na cúpula do G-7 em Hiroshima, no Japão, parecem ter levado o Brasil a ser encarado por parte do Ocidente como pertencente à mesma categoria que países como China e Índia na guerra, de "não aliados" de Kiev.
Ao menos foi isso que deu a entender o chanceler da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, ao afirmar nesta segunda-feira (22) desejar organizar uma cúpula para discutir opções para a paz em julho.
As três nações, que dividem o Brics com a Rússia e a África do Sul, têm buscado manter certa neutralidade diante do conflito. Mas Pequim e Nova Déli são aliados estratégicos de Moscou, e não condenaram a invasão russa de Kiev no âmbito da ONU, ao contrário de Brasília.