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Internacional

França

- Publicada em 17 de Maio de 2023 às 16:54

Nicolas Sarkozy perde recurso e terá que usar tornozeleira eletrônica

Sarkozy não começará a cumprir a pena até que seu caso passe pela mais alta instância do país.

Sarkozy não começará a cumprir a pena até que seu caso passe pela mais alta instância do país.


/LUDOVIC MARIN/AFP/JC
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy perdeu o recurso que havia apresentado contra sua condenação em primeira instância por corrupção e tráfico de influência de 2021. Nesta quarta-feira (17), a Corte de Apelações de Paris determinou a manutenção da pena que o líder recebeu à época, que inclui um ano de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy perdeu o recurso que havia apresentado contra sua condenação em primeira instância por corrupção e tráfico de influência de 2021. Nesta quarta-feira (17), a Corte de Apelações de Paris determinou a manutenção da pena que o líder recebeu à época, que inclui um ano de prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
Advogada do ex-presidente, Jacqueline Laffont afirmou que sua defesa levará o caso à Corte de Cassações, equivalente francês do Supremo Tribunal Federal. Sarkozy não começará a cumprir a pena determinada nesta quarta-feira até que seu caso tenha sido julgado pela mais alta instância judiciária do país.
Sarkozy ouviu a decisão da manutenção de sua pena do banco dos réus. Aos 68 anos, o ex-mandatário tinha o semblante tenso, e deixou a corte sem dar declarações a jornalistas. A sentença dada a ele inclui ainda a perda de seus direitos políticos por três anos, o que significa que ele não pode votar ou se candidatar a um cargo público durante o período.
Ele foi condenado em primeira instância em março de 2021. A decisão foi considerada histórica por se tratar da primeira vez em que um ex-líder francês foi julgado culpado por um caso de corrupção ocorrido durante seu mandato - Jacques Chirac, antecessor de Sarkozy, também havia sido condenado por corrupção, mas seu processo era relativo a irregularidades cometidas quando ele era prefeito de Paris, e não ocupante do Palácio do Eliseu.
As acusações contra Sarkozy têm origem em apurações iniciadas pela Promotoria francesa em 2014. Então, investigadores envolvidos em outro caso, que apurava se o ex-presidente tinha recebido recursos da ditadura líbia para financiar sua campanha de 2007, haviam instalado escutas nos seus telefones. Sem querer, depararam-se com duas linhas de telefone pré-pagas e não oficiais que, adquiridas sob o pseudônimo de Paul Bismuth, eram usadas por Sarkozy para conversar com seu advogado e amigo Thierry Herzog.