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Internacional

Relações Internacionais

- Publicada em 15 de Abril de 2023 às 11:07

Lula: 'É preciso que EUA parem de incentivar guerra e comecem a falar em paz'

Lula defendeu soberania brasileira ao tratar de questões estratégicas com Pequim

Lula defendeu soberania brasileira ao tratar de questões estratégicas com Pequim


Ricardo Stuckert/PR/jc
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final de sua visita a Pequim, onde assinou 15 acordos de parceria com a China, cobrou dos Estados Unidos que "parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz" para encaminhar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no final de sua visita a Pequim, onde assinou 15 acordos de parceria com a China, cobrou dos Estados Unidos que "parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz" para encaminhar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia.
"Eu acho que a China tem um papel muito importante, possivelmente seja o papel mais importante", disse Lula na saída do hotel para o aeroporto.
"Agora, outro país importante são os Estados Unidos. Ou seja, é preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz, para a gente convencer o Putin e o Zelensky de que a paz interessa a todo mundo e a guerra só está interessando, por enquanto, aos dois."
Quanto à conversa com o líder chinês sobre a proposta brasileira de criar um "clube da paz", afirmou: "Ontem discutimos longamente com o Xi Jinping. É preciso que se constitua um grupo de países dispostos a encontrar um jeito de fazer a paz. Eu conversei isso com os europeus, conversei isso com os americanos e conversei isso ontem", disse o presidente. "Quem é que não está na guerra que pode ajudar a acabar com essa guerra? Somente quem não está defendendo a guerra é que pode criar uma comissão e discutir o fim dessa guerra".
Lula não se restringiu aos EUA, cobrando também que "é preciso a União Europeia ter boa vontade, para a gente voltar a ter paz no mundo".
Questionado se espera uma reação negativa norte-americana à reativação da parceria com Pequim em todos os níveis, não só em relação à guerra, Lula afirmou não acreditar e que "não há nenhuma razão para isso".
"Quando eu vou conversar com os EUA, não fico preocupado com o que a China vai pensar da minha conversa. Estou conversando sobre os interesses soberanos do meu país. Quando venho conversar com a China, também não estou preocupado com o que os EUA estão pensando. Estou conversando sobre os interesses soberanos do Brasil."
Sobre meio ambiente, Lula voltou a questionar EUA e Europa. "O mundo industrializado precisa cumprir com a sua tarefa", cobrou. "Não é só oferecer dinheiro para os países pobres, às vezes dinheiro que não aparece. Às vezes tem muito discurso de dinheiro e pouco aparece. É preciso que todos, dos mais industrializados aos menos, tenhamos a preocupação com o cuidado do planeta."