Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

ISRAEL

- Publicada em 09 de Abril de 2023 às 09:32

Mais de 250 mil voltam às ruas em Israel contra reforma judicial e gestão de segurança

Milhares de israelenses voltaram a se reunir hoje em cidades do sul e norte do país

Milhares de israelenses voltaram a se reunir hoje em cidades do sul e norte do país


AFP/DIVULGAÇÃO/JC
Mais de 250 mil pessoas se concentraram em diversos pontos de Israel em um novo sábado de protestos contra a reforma judicial promovida pelo governo de Binyamin Netanyahu, desta vez sob um forte dispositivo policial após dois ataques no dia anterior.As manifestações de ontem (8) marcaram  a 14ª semana consecutiva de protestos contra a polêmica reforma, que busca conferir mais poder ao governo sobre a Justiça, cuja independência estaria profundamente prejudicada.Embora Netanyahu tenha anunciado em 27 de março a suspensão temporária dos processos legislativos e o início das negociações com a oposição para impulsionar uma reforma consensual, as manifestações não pararam.Os assessores desconfiam das reais intenções do primeiro-ministro e consideram o adiamento da reforma uma mera táctica para enfraquecer os protestos, antes de uma nova tentativa de aprovação da medida nas sessões do meio do ano do Parlamento.
Mais de 250 mil pessoas se concentraram em diversos pontos de Israel em um novo sábado de protestos contra a reforma judicial promovida pelo governo de Binyamin Netanyahu, desta vez sob um forte dispositivo policial após dois ataques no dia anterior.

As manifestações de ontem (8) marcaram  a 14ª semana consecutiva de protestos contra a polêmica reforma, que busca conferir mais poder ao governo sobre a Justiça, cuja independência estaria profundamente prejudicada.

Embora Netanyahu tenha anunciado em 27 de março a suspensão temporária dos processos legislativos e o início das negociações com a oposição para impulsionar uma reforma consensual, as manifestações não pararam.

Os assessores desconfiam das reais intenções do primeiro-ministro e consideram o adiamento da reforma uma mera táctica para enfraquecer os protestos, antes de uma nova tentativa de aprovação da medida nas sessões do meio do ano do Parlamento.

LEIA TAMBÉM: Onda de violência cresce em Israel, com bombardeios ao Líbano, Gaza e atentado na Cisjordânia


Até o momento, as negociações entre governo e oposição, mediadas pelo presidente Isaac Herzog, não apresentaram avanços significativos.

Neste contexto, milhares de israelenses voltaram a se reunir hoje em cidades do sul e norte do país, enquanto a principal manifestação decorreu em Tel-Aviv. Eles também se reuniram em Jerusalém, Haifa e Kfar Saba, entre outras.

Segundo os organizadores, cerca de 145 mil pessoas assistiram ao protesto em Tel-Aviv, que ocorreu em coordenação com a polícia por receio de novos ataques e começou com um minuto de silêncio pelas vítimas dos episódios de ontem.

Além dos cartazes habituais com mensagens como "Democracia" e "Não à ditadura", alguns participantes trouxeram cartazes que criticavam a gestão de segurança do governo e até agitavam bandeiras da Itália e do Reino Unido alusivas à nacionalidade das vítimas de um atropelamento intencional ontem em Tel-Aviv.

Esse ataque, perpetrado por um cidadão árabe de Israel, resultou na morte de um turista italiano de 36 anos e deixou sete feridos: dois turistas italianos e cinco britânicos.

Pouco antes desse episódio, duas irmãs de nacionalidade britânica - de 15 e 20 anos - foram mortas em um ataque a tiros no norte da Cisjordânia ocupada, no qual sua mãe ficou gravemente ferida.

Esses episódios ocorreram logo após uma intensa troca de tiros entre o Exército israelense e as milícias palestinas na Faixa de Gaza e no sul do Líbano, provocada por confrontos na última quarta entre a polícia israelense e fiéis palestinos na mesquita Al Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada.

Ainda neste sábado, em uma nova escalada, três foguetes foram disparados da Síria em direção a Israel, como afirmou o Exército israelense.

Um dos foguetes "caiu em um terreno baldio ao sul das Colinas do Golan", um território anexado por Israel, indicou o comunicado militar, sem dar mais detalhes. As Forças Armadas indicaram pouco antes que sirenes de alerta soaram nessa região.

Israel ocupou e anexou em 1967 uma parte das Colinas do Golan, uma região estratégica e fronteiriça com o Líbano e a Síria.

O Estado hebreu intensificou recentemente seus bombardeios contra a Síria, especialmente contra grupos pró-Irã, um arqui-inimigo de Israel.