A centro-direita venceu as eleições gerais na Finlândia e substituirá os social-democratas liderados pela primeira-ministra em fim de mandato, Sanna Marin, após uma votação muito apertada. No pleito, definido no domingo, os ultranacionalistas também superaram o partido da situação e conseguiram um resultado recorde que pode lhes dar voz no próximo governo.
Com 5,5 milhões de habitantes, a Finlândia se junta à onda nacionalista que afeta a Europa, após a ascensão dos conservadores ao poder na vizinha Suécia e a vitória da extrema direita na Itália. As eleições ocorrem apenas alguns dias depois que a Turquia deu luz verde à sua entrada na Otan, levando à maior mudança na política externa pacifista da Finlândia.
"É uma grande vitória", comemorou Petteri Orpo, ex-ministro e líder da Coligação Nacional, vencedora do pleito. Ele tem a opção de formar uma aliança de esquerda com o Partido Social Democrata (SDP) de Marin ou o Partido dos Finlandeses de Riikka Purra, anti-imigração e eurocéticos.
Após apuração de 98% dos votos, o partido de centro-direita ficou em primeiro lugar com 48 dos 200 assentos do Parlamento, à frente do Partido dos Finlandeses, que conquistou 46 assentos, e dos social-democratas, que ficaram com 43.
Apesar de ter superado o desempenho de 2019 e ser a primeira-ministra mais popular do século na Finlândia, Marin não conseguiu garantir deputados suficientes no Parlamento para manter a liderança do governo. Depois de se tornar a chefe de governo mais jovem do mundo ao ser eleita aos 34 anos, Marin reconheceu sua derrota.


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