Os Estados Unidos querem sanções mais fortes e impostas de modo mais eficaz contra a Rússia, além de apoio adicional para a Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira, a secretária de Tesouro norte-americana, Janet Yellen, durante encontros do G-20 na cidade indiana de Bengaluru, um polo de tecnologia do país.
Falando na véspera do aniversário de um ano da invasão russa na Ucrânia, ela considerou que as sanções contra Moscou funcionavam, porém acrescentou que mais precisa ser feito para atrapalhar o esforço de guerra russo, enquanto se apoia a Ucrânia.
"Nós buscamos fortalecer as sanções e garantir que respondamos a violações das sanções", disse Yellen. Segundo a secretária, os russos buscavam alternativas para repor partes e equipamentos e reparar armas danificadas no conflito. Ela disse ainda que há um foco em respeitar o cumprimento das sanções existentes "e talvez com respeito a mais sanções".
O Grupo dos Sete (G-7), em comunicado, afirmou que, em 2023, aumentou o compromisso de orçamento e apoio econômico à Ucrânia para US$ 39 bilhões de dólares. "Esses compromissos significativos e seu desembolso rápido dão segurança à Ucrânia e permitem que as autoridades protejam o funcionamento do governo, continuem a prestação de serviços básicos, realizem os reparos mais críticos das infraestruturas danificadas e estabilizem a economia", destaca o texto.
O grupo reafirmou que continuará a trabalhar para aplicar sanções à Rússia, diante do apoio "inabalável" à Ucrânia. Além disso, o documento traz que o G-7 vai continuar a trabalhar para fazer cumprir os limites de preço do petróleo russo e derivados e impedir tentativas de burlar a medida.
"Já estamos progredindo nos objetivos da política de teto de preço para evitar que a Rússia lucre com sua guerra de agressão contra a Ucrânia, ao mesmo tempo em que apoiamos a estabilidade nos mercados globais de energia e limitamos os efeitos econômicos negativos da guerra, especialmente em países de baixa e média renda. A lacuna orçamentária mensal da Rússia atingiu recordes, o que restringirá significativamente sua capacidade de financiar sua guerra ilegal", diz o texto.
O G-7 destacou ainda que rejeita a falsa narrativa da Rússia sobre os efeitos colaterais das sanções sobre a segurança alimentar e energética. "Reafirmamos que nossas medidas de sanção contra a Rússia não visam contribuir para a insegurança energética e alimentar, embora essas medidas sejam adaptadas para reduzir a capacidade da Rússia de obter lucros inesperados com as mudanças nos preços globais do petróleo", defende.