Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Tragédia

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2023 às 21:28

Esperança de sobreviventes se esvai e mortes chegam a 20 mil

Abrigos improvisados recebem milhares de pessoas que perderam tudo no terremoto da última segunda-feira

Abrigos improvisados recebem milhares de pessoas que perderam tudo no terremoto da última segunda-feira


/RAMI AL SAYED/AFP/JC
Folhapress
O total de mortes causadas pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e a Síria se aproximam dos 20 mil nesta quinta-feira, cerca de 72 horas após os tremores iniciais. E a expectativa é que o número cresça - as primeiras horas são consideradas cruciais em catástrofes do tipo, e em ambos os países houve queixas acerca da demora das respostas oficiais ao desastre.
O total de mortes causadas pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia e a Síria se aproximam dos 20 mil nesta quinta-feira, cerca de 72 horas após os tremores iniciais. E a expectativa é que o número cresça - as primeiras horas são consideradas cruciais em catástrofes do tipo, e em ambos os países houve queixas acerca da demora das respostas oficiais ao desastre.
Só na Turquia, o número de óbitos passou dos 16 mil nesta quinta. A cifra indica que o terremoto está a caminho de se tornar o maior na história da nação - o recorde até o momento pertence a um sismo de magnitude 7,4 que deixou mais de 17 mil mortos ao sacudir Izmit, no Noroeste, em 1999.
Já na Síria, devastada por quase 12 anos de guerra civil, o total de mortes se aproxima dos 3,5 mil, de acordo com os balanços das autoridades de Damasco e das equipes de resgate nas zonas rebeldes. Destas, cerca de 2 mil pessoas estariam em áreas dominadas por dissidentes no Noroeste do território.
Ainda há esperança, como indicam vídeos que mostram casos de pessoas resgatadas após passarem mais de três dias soterradas, mas sobreviventes nas regiões mais atingidas reclamam de jamais terem visto sinais de equipes de resgate, além da falta de assistência em geral, enfrentando fome, sede e frio.
Centenas de milhares de pessoas da região estão desabrigadas, e várias acampam em abrigos improvisados em garagens, acostamentos ou mesmo em meio às ruínas. Autoridades turcas afirmam que mais de 6,5 mil prédios colapsaram no país, e outros incontáveis foram danificados.
O fato de que o tremor se deu na madrugada contribui para piorar a situação, uma vez que vários dos sobreviventes fugiram de suas casas sem roupas adequadas para o frio, alguns sem nem sequer calçarem seus sapatos. Em ambos os países, muitos passaram sua terceira noite ao relento ou dormindo em carros, temendo voltar às suas casas em razão do risco de novos desabamentos.
Ancara afirma que, por ora, parte dos desabrigados foi acolhida em tendas montadas em estádios esportivos e centros de convenções, além de dormitórios universitários e abrigos estatais. Hotéis por todo o território, incluindo resorts à beira dos mares Egeu e Mediterrâneo, também cederam cerca de 10 mil cômodos a sobreviventes, de acordo com a Federação Turca de Hotéis.
Muitos dos sobreviventes aparentam, porém, não querer deixar as áreas atingidas, à espera de notícias sobre entes queridos. Segundo a agência de desastres nacional, Afad, mais de 28 mil pessoas foram recolhidas em pontos de encontro para serem retiradas da área.
Na Síria, a instabilidade política dificulta a chegada de ajuda. Nesta quinta, a ONU enviou seu primeiro comboio para o Noroeste do território, controlado por rebeldes contrários ao regime de Bashar al-Assad. Seis caminhões carregados de suprimentos e remédios atravessaram a fronteira turca em direção à região, onde mais de 4 milhões dependiam de doações do exterior mesmo antes dos tremores.
 
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO