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Cisjordânia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2023 às 18:38

Em incursão na Cisjordânia, Israel mata 9 palestinos e ameaça trégua com Jihad Islâmica

Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano

Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano


Zain Jaafar/AFP/JC
Folhapress
O Exército de Israel matou nove palestinos, incluindo uma mulher idosa, em uma incursão ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (26), afirmaram testemunhas e médicos. Outros 15 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave - não houve baixas entre os militares israelenses.
O Exército de Israel matou nove palestinos, incluindo uma mulher idosa, em uma incursão ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (26), afirmaram testemunhas e médicos. Outros 15 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave - não houve baixas entre os militares israelenses.
O Ministério de Saúde palestino ainda afirmou que as forças israelenses lançaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo na ala pediátrica de um hospital, o que teria causado asfixia em algumas crianças. O Exército de Israel nega que o ataque tenha sido deliberado. "A operação ocorreu relativamente perto de um hospital e é possível que o gás tenha entrado por uma janela aberta", afirmou um porta-voz da organização à AFP.
Tel Aviv diz que enviou suas forças especiais para Jenin para deter membros do grupo armado Jihad Islâmica suspeitos de terem planejado e levado a cabo uma série de ataques terroristas. Em nota, afirma que ao menos um palestino foi detido durante a operação. A Jihad Islâmica confirmou ter entrado em conflito com as tropas israelenses, que teriam adentrado a fundo no campo de refugiados - algo incomum dentro do local conhecido como reduto de militantes armados.
Outro grupo islâmico, o Hamas, declarou que seus homens também participaram dos enfrentamentos. Ambos os agrupamentos são considerados terroristas pelos Estados Unidos e União Europeia.
A quantidade de mortes decorrente do episódio - a maior em Jenin em anos - fez com que a Jihad Islâmica ameaçasse dar um fim à trégua negociada com Israel em agosto passado, após ataques na Faixa de Gaza deixarem mais de 40 palestinos mortos. "Contatamos mediadores e afirmamos que o que está acontecendo em Jenin é uma guerra de Israel contra o povo palestino", afirmou um porta-voz da Jihad Islâmica. "Se ela continuar, ela pode não se limitar só a Jenin."
O Ministério de Saúde da Palestina afirmou que ao menos 29 palestinos, entre soldados e civis, foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia desde o início deste ano. A pasta afirmou ter convocado uma reunião de emergência com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano. A violência contínua tem adiado ainda mais a realização de negociações sobre a criação de um estado Palestino patrocinadas pelos EUA. O impasse também tem aumentado o apoio dos palestinos ao Hamas e à Jihad Islâmica, que recusam a mera coexistência com Israel. Enquanto isso, o novo governo de ultradireita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu inclui membros opostos à criação de um Estado Palestino.
FOLHAPRESS
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