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Coronavírus

- Publicada em 26 de Dezembro de 2022 às 17:44

Xi Jinping pede medidas eficazes contra Covid-19, na China

Algumas lideranças chinesas atentam para uma campanha sanitária para controle da pandemia

Algumas lideranças chinesas atentam para uma campanha sanitária para controle da pandemia


NOEL CELIS/AFP/JC
Folhapress
Nos primeiros comentários públicos desde que a China relaxou as restrições de combate à Covid, no começo do mês, o líder Xi Jinping pediu nesta segunda-feira (26) às autoridades do país que tomem medidas para "proteger com eficiência" as vidas de seus compatriotas diante do avanço da doença.
Nos primeiros comentários públicos desde que a China relaxou as restrições de combate à Covid, no começo do mês, o líder Xi Jinping pediu nesta segunda-feira (26) às autoridades do país que tomem medidas para "proteger com eficiência" as vidas de seus compatriotas diante do avanço da doença.
"Deveríamos lançar uma campanha sanitária patriótica de maneira mais afinada", para fortalecer a prevenção e o controle da pandemia e proteger eficazmente a vida, a segurança e a saúde da população", afirmou o dirigente chinês, em declaração citada pela emissora estatal CCTV.
O atual premiê, Li Keqiang, também mencionado pela mídia estatal, desta vez pela agência de notícias Xinhua, destacou ainda que todos os níveis do governo devem intensificar seus esforços para garantir que as demandas por tratamento e suprimentos médicos sejam atendidas.
Três anos depois do surgimento dos primeiros casos de Covid na cidade de Wuhan, na região central do país, o gigante asiático tenta conter uma alta explosiva do número de contaminados pelo vírus.
Muitos hospitais estão lotados, e as farmácias sofrem com a falta de remédios. Diversos crematórios indicaram à agência de notícias AFP o recebimento de uma cifra elevada de cadáveres. Guangzhou, com 19 milhões de habitantes, havia anunciado que adiaria suas cerimônias fúnebres para depois de 10 de janeiro em razão de um "aumento significativo de demandas".
Até agora, a China só reconheceu oficialmente seis mortos por Covid desde a retirada das restrições. Mas, de acordo com muitos especialistas, esse balanço seria muito inferior ao número real de óbitos, em um país em que uma parte considerável dos idosos não estão vacinados contra o coronavírus.
No domingo (25), a Comissão Nacional de Saúde do país anunciou que deixará de divulgar os dados diários de casos e mortes por Covid, como fazia desde o início de 2020. O órgão, que tem status de ministério, não deu justificativas para a decisão. Dez dias antes, porém, declarou que o rastreamento de casos se tornara praticamente impossível desde a flexibilização das medidas de controle, porque, ao decretar o fim da obrigatoriedade dos testes PCR e a permissão para quarentena domiciliar, os chineses passaram a realizar exames em casa, e a maior parte deles não comunica os resultados às autoridades.
Segundo as autoridades, os contágios diários hoje superam um milhão, e a quantidade de pacientes que visitaram clínicas aumentou 14 vezes desde a semana passada. Pedidos de internação no centro de emergência da capital local, Hangzhou, mais do que triplicaram em relação à média do ano passado.
A mudança no curso da polêmica política de Covid zero, que incluía práticas como confinamentos em larga escala e internação sistemática de pessoas contaminadas, vem na esteira de uma série de mobilizações populares realizadas nas principais cidades e universidades do país no final de novembro.
Os protestos foram o desafio público mais forte à liderança de Xi e vieram cerca de um mês após ele ser coroado com um inédito terceiro mandato à frente do regime. Também se inseriram na desaceleração da economia chinesa, com o país registrando a maior queda no fluxo do comércio em dois anos e meio.
Folhapress
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