A Suprema Corte dos Estados Unidos aceitou nesta quinta-feira (1º) revisar em caráter de urgência uma medida histórica do presidente Joe Biden destinada a anular parte das dívidas de milhões de estudantes do país.
A mais alta corte norte-americana dedicará uma audiência ao caso em fevereiro ou março, segundo uma breve ordem publicada em seu site. Na espera da decisão, a Suprema Corte rejeitou suspender o bloqueio desta política imposto pelos tribunais estaduais.
O presidente democrata, que se apresenta como um defensor das classes trabalhadoras, anunciou em final de agosto a eliminação de parte da colossal dívida estudantil norte-americana em até US$ 20 mil por pessoa.
Este projeto, cujo custo para as finanças públicas é estimado em US$ 400 bilhões, foi levado imediatamente aos tribunais pelos vários estados conservadores que denunciaram um abuso de poder na véspera das eleições de meio de mandato.
Em meados de novembro, uma corte federal de apelações deu razão aos estados e bloqueou a implementação da medida. Em resposta, o governo democrata recorreu à Suprema Corte para pedir a revogação desta decisão. Paralelamente, o governo estendeu até junho uma moratória sobre a dívida de milhões de estudantes colocada em prática no início da pandemia de Covid-19.