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Assembleia-Geral da ONU

- Publicada em 15 de Setembro de 2022 às 19:01

Bolsonaro vai à Assembleia-Geral da ONU sem bilaterais relevantes na agenda

Presidente do Brasil tradicionalmente faz o discurso de abertura da Assembleia da ONU

Presidente do Brasil tradicionalmente faz o discurso de abertura da Assembleia da ONU


JOHANNES EISELE/AFP/JC
O presidente Jair Bolsonaro (PL) viaja na próxima segunda-feira (19) para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, evento que reúne as principais lideranças do mundo e no qual, tradicionalmente, o Brasil faz o discurso de abertura. Diferentemente de anos anteriores, porém, Bolsonaro não terá encontros em paralelo com chefes de governo de países da Europa Ocidental ou América do Norte, considerados de maior peso no cenário internacional.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) viaja na próxima segunda-feira (19) para Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, evento que reúne as principais lideranças do mundo e no qual, tradicionalmente, o Brasil faz o discurso de abertura. Diferentemente de anos anteriores, porém, Bolsonaro não terá encontros em paralelo com chefes de governo de países da Europa Ocidental ou América do Norte, considerados de maior peso no cenário internacional.
Até o momento, estão confirmados encontros do brasileiro com o presidente do Equador, Guillermo Lasso; da Guatemala, Alejandro Giammatte; da Polônia, Andrzej Duda; e da Sérvia, Aleksandar Vucic. Bolsonaro também deve se reunir com o secretário-geral da ONU, o português António Guterres. Nesse encontro, Bolsonaro deve tratar da Guerra da Ucrânia, da crise alimentar no mundo e da recuperação das economias nacionais no período pós-pandemia. Outro tema central na conversa será a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas - a vaga permanente no colegiado é uma demanda antiga da diplomacia brasileira.
No ano passado, o presidente teve um encontro com o então premiê do Reino Unido Boris Johnson às vésperas da abertura da Assembleia em Nova York. Na ocasião, trataram de programas de vacinação contra a Covid-19 e dos preparativos para a COP26, realizada posteriormente na Escócia. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil minimizou o significado da agenda, escassa em relevância devido à falta de encontros com chefes de governo de países com mais influência geopolítica.
O secretário de assuntos multilaterais políticos do Itamaraty, embaixador Paulino de Carvalho Neto, atribuiu a falta de nomes mais significativos no roteiro de Bolsonaro à incompatibilidade de agenda, uma vez que o presidente vai passar pouco tempo em território norte-americano, e à possibilidade de que outras reuniões importantes ocorram na véspera, em Londres, durante o funeral da rainha Elizabeth II - no qual também estarão presentes diversos líderes mundiais, incluindo Bolsonaro.
O encontro com o polonês Duda na edição deste ano da Assembleia-Geral repete uma agenda do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro se reuniu com o líder nacionalista e ultraconservador, conhecido por suas medidas contra a liberdade de imprensa e contra direitos da comunidade LGBTQIA+.
Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, os líderes participaram do evento por videoconferência. No ano anterior, o primeiro de Bolsonaro na presidência, estavam previstos encontros com Boris Johnson e os presidentes de Estados Unidos, Polônia, Colômbia, Peru, Ucrânia e África do Sul. No entanto, os encontros bilaterais foram todos cancelados, por recomendações médicas, já que o brasileiro havia passado por uma cirurgia dias antes. Naquele ano, no entanto, Bolsonaro compareceu a um coquetel oferecidos a chefes de Estado e de governo e manteve um encontro reservado nesse evento com o então presidente norte-americano Donald Trump -de quem o brasileiro se considera um aliado.
Bolsonaro viaja a Nova York no mesmo dia da cerimônia no Reino Unido e volta ao Brasil na terça-feira (20). Carlos França, ministro das Relações Exteriores, por outro lado, vai permanecer em Nova York durante toda a semana e tem reuniões marcadas com representantes de uma série de países, como Rússia, Japão, Bielorrússia, El Salvador, Irã, Turquia, além do secretário-geral da Liga Árabe.
FOLHAPRESS
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