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Estados Unidos

- Publicada em 09 de Agosto de 2022 às 17:31

Biden ensaia respiro em meio à operação contra Trump

FBI realizou operação de busca na casa de Donald Trump na Flórida

FBI realizou operação de busca na casa de Donald Trump na Flórida


Giorgio Viera/AFP/JC
A operação de busca na casa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na segunda-feira (9) foi o movimento público mais ousado do Executivo norte-americano até aqui nas investigações que apuram possíveis crimes cometidos pelo republicano. A ação ocorre em meio a uma semana de relativo respiro para o atual mandatário, Joe Biden, que convive com uma popularidade vacilante.
A operação de busca na casa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na segunda-feira (9) foi o movimento público mais ousado do Executivo norte-americano até aqui nas investigações que apuram possíveis crimes cometidos pelo republicano. A ação ocorre em meio a uma semana de relativo respiro para o atual mandatário, Joe Biden, que convive com uma popularidade vacilante.
Trump reclamou, mas o mesmo FBI de quem pediu lealdade no começo de seu mandato até agora não veio a público para explicar os motivos da operação. Citando fontes nos setores de inteligência, a imprensa norte-americana aponta que os agentes buscavam documentos secretos que o ex-mandatário possa ter retirado de forma indevida da Casa Branca ao deixar o governo.
Republicanos e a mídia favorável a Trump falam em perseguição política, mas chamou atenção a prova de força do Departamento de Justiça dos EUA, que já vinha intimando auxiliares e pessoas próximas do ex-mandatário para investigar seu envolvimento no ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021, abrindo espaço para uma possível investigação criminal. Se confirmado o confisco ou a destruição de documentos da presidência, Trump pode, no limite, responder penalmente e até ser proibido de ocupar cargos públicos, o que inviabilizaria seu projeto de disputar as próximas eleições, em 2024. Tudo isso um dia depois de Biden finalmente destravar um de seus principais projetos no Senado, mostrando que o democrata ainda tem algum controle, mesmo que claudicante, sobre sua base.
No domingo (7), o Senado aprovou um grande pacote ambiental e tributário após meses de negociação com senadores democratas que travavam o andamento do projeto. A aprovação representou um imenso alívio para Biden a três meses da eleição legislativa que pode reverter a estreita maioria do presidente no Congresso.
O pacote, oficialmente chamado Lei de Redução da Inflação, aumenta impostos de grandes empresas, injeta US$ 370 bilhões (R$ 1,89 trilhão) para programas de energia sustentável e corte expressivo de emissões de poluentes e subsidia remédios para a população idosa no seguro federal de saúde Medicare. Até domingo, esta era a maior dor de cabeça dos corredores democratas no Congresso. Isso porque dois dos senadores da legenda, Krysten Sinema e sobretudo Joe Manchin, vinham manifestando discordâncias em público em relação ao volume de gastos, citando o risco inflacionário.
Apesar das ambiciosas metas do projeto, como redução drástica de emissão de poluentes, a maior aposta é no curto prazo, no subsídio para medicamentos pelo programa federal Medicare. Questionado nesta segunda sobre um eventual impacto positivo para os democratas nas eleições de meio de mandato, Biden disse que "sim, imediatamente". "É coisa grande, muda a vida das pessoas", afirmou.
O projeto era especialmente importante para levar a cabo a plataforma de reformas com que Biden foi eleito, com previsão inicial de gastos de US$ 3,15 trilhões (R$ 16,1 trilhões) em programas de infraestrutura, sociais e ambientais, que foi enterrado pelo Congresso no ano passado. Ainda que o projeto aprovado no Senado deste domingo represente apenas uma fração desse valor, com previsão total de US$ 430 bilhões (R$ 2,2 trilhões) em reformas, o projeto ainda tem sido visto como prova de fôlego do presidente.
Biden é um dos presidentes mais impopulares dos EUA a esta altura do mandato. Segundo o monitor de pesquisas de opinião do site FiveThirtyEight, o democrata tem 39,6% de aprovação nesta terça (9), índice ligeiramente superior ao de 37,5% que registrou em 21 de julho, ponto mais baixo até aqui.
FOLHAPRESS
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