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Estados Unidos

- Publicada em 11 de Julho de 2022 às 20:17

Dois terços dos democratas rejeitam Biden como candidato em 2024, mostra pesquisa

Biden, de 79 anos, já disse que pretende buscar um segundo mandato

Biden, de 79 anos, já disse que pretende buscar um segundo mandato


JIM WATSON/AFP/JC
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) pelo jornal The New York Times reforçou a medida de descontentamento dos norte-americanos com a gestão do democrata Joe Biden - inclusive dentro de seu partido. O levantamento do veículo, em parceria com o Siena College, indica que, entre eleitores do Partido Democrata, só 26% dizem desejar ver o presidente concorrendo à reeleição em 2024; outros 64% afirmam esperar que a legenda tenha outro nome na disputa do cargo, possivelmente contra o republicano Donald Trump. Biden, de 79 anos, já disse que pretende buscar um segundo mandato.
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (11) pelo jornal The New York Times reforçou a medida de descontentamento dos norte-americanos com a gestão do democrata Joe Biden - inclusive dentro de seu partido. O levantamento do veículo, em parceria com o Siena College, indica que, entre eleitores do Partido Democrata, só 26% dizem desejar ver o presidente concorrendo à reeleição em 2024; outros 64% afirmam esperar que a legenda tenha outro nome na disputa do cargo, possivelmente contra o republicano Donald Trump. Biden, de 79 anos, já disse que pretende buscar um segundo mandato.
A crise de imagem se reflete em uma sensação de pessimismo, com só 13% das pessoas dizendo ver o país no rumo certo. O número é o mais baixo na série do NYT desde 2008, época do auge da crise financeira global, no final da gestão de George W. Bush. E o sentimento é generalizado, quando se analisam os recortes por região do país, idade, cor da pele e preferência partidária. O dado reforça ainda levantamento recente do instituto Ipsos, no qual 71% dos norte-americanos disseram considerar que o país está na direção errada.
Outros dados da pesquisa NYT/Siena evidenciam o mau momento de Biden, que em 18 meses no cargo teve poucos avanços no Congresso, viu a Suprema Corte dar uma série de decisões adversas para suas plataformas e não conseguiu resolver o principal problema do país hoje, a inflação. A taxa de aprovação de seu mandato chegou a apenas 33% - a média dos levantamentos nacionais na semana passada era de 38,9%, a menor cifra registrada desde o início da gestão. Mesmo considerando os partidários de Biden, o índice é visto como mais baixo que o normal, próximo de 70%. Entre os que se veem como independentes dois terços desaprovam o presidente.
Pensando em 2024, 32% dos democratas citam o desempenho ruim de Biden como fator central para preferir outro candidato do partido nas cédulas. Por uma diferença de um ponto percentual, o motivo só perde para a idade do presidente, o mais velho a ocupar o cargo. "Quero sangue mais jovem. Estou cansada de gente velha mandando no país, não quero (no poder) alguém com o pé na cova", disse ao jornal norte-americano a professora Nicole Farrier, 38 anos, que votou em Biden em 2020 e hoje manifesta preocupações com a elevação do custo de vida. "Eu tinha um estilo de vida confortável, mas passei para uma situação em que não posso mais pagar praticamente nada."
Segundo a pesquisa, 20% das pessoas veem o desemprego e a economia como principais problemas dos EUA hoje, à frente justamente da inflação e do custo de vida (15%). Considerando esse cenário, em que ainda 75% dos norte-americanos disseram que a economia é um tema "extremamente importante", só 1% descrevem a situação no setor como excelente na gestão Biden.
A evidência mais candente disso é a alta de preços, hoje na faixa de 8,6% ao ano e especialmente perceptível nos postos de combustível: a gasolina custa, em média, US$ 5 (R$ 26,60) o galão, quando em janeiro a média era de US$ 3,40 (R$ 18,00).
Voltando à lista dos principais problemas do país, 10% apontam o estado da democracia e a polarização política, mesmo índice dos que veem as políticas de armas como o maior debate no país. Os EUA vêm de uma série de ataques a tiros, em escolas, hospitais e festividades, e Biden reforçou sua posição de porta-voz em defesa de maior controle no acesso a armas - ainda que o tema historicamente enfrente oposição ferrenha de republicanos, alguns avanços foram conquistados nas últimas semanas.
A situação delicada de Biden é especialmente preocupante para o Partido Democrata, porque em novembro haverá eleições para renovar o Congresso. As projeções mais recentes indicam a chance de uma ampla vitória republicana. Análise do ​site FiveThirtyEight aponta que a oposição tem 87% de chances de obter maioria e assumir o controle da Câmara e 55% de fazer o mesmo no Senado.
A pesquisa NYT/Siena ouviu por telefone 849 eleitores norte-americanos em todo o país entre 5 e 7 de julho. A margem de erro é de 4,1 pontos.
FOLHAPRESS
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