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Estados Unidos

- Publicada em 02 de Dezembro de 2021 às 20:13

EUA define estratégias para enfrentar a variante Ômicron

Entre as medidas apresentadas por Biden está a requisição de testes adicionais para viajantes

Entre as medidas apresentadas por Biden está a requisição de testes adicionais para viajantes


MANDEL NGAN/afp/jc
Poucas horas após a confirmação do primeiro caso da variante Ômicron nos Estados Unidos, o governo Joe Biden anunciou, nesta quinta-feira (2), uma série de medidas para conter o avanço da nova cepa no país. Os planos foram antecipados pela Casa Branca em um comunicado e, mais tarde, anunciadas oficialmente durante discurso do presidente no Instituto Nacional de Saúde. Entre as ações previstas está a ampliação das campanhas de vacinação, a aplicação de doses de reforço e a requisição de testes adicionais para viajantes que chegam ao país. Também está previsto a aplicação de testes rápidos gratuitos a domicílio.
Poucas horas após a confirmação do primeiro caso da variante Ômicron nos Estados Unidos, o governo Joe Biden anunciou, nesta quinta-feira (2), uma série de medidas para conter o avanço da nova cepa no país. Os planos foram antecipados pela Casa Branca em um comunicado e, mais tarde, anunciadas oficialmente durante discurso do presidente no Instituto Nacional de Saúde. Entre as ações previstas está a ampliação das campanhas de vacinação, a aplicação de doses de reforço e a requisição de testes adicionais para viajantes que chegam ao país. Também está previsto a aplicação de testes rápidos gratuitos a domicílio.
As medidas são parte de uma nova estratégia de inverno para combater a pandemia do coronavírus, exatamente no momento em que há um aumento de infecções e mortes causadas pela variante Delta e em que a circulação da Ômicron preocupa todo o mundo. "Eu sei que a Covid-19 tem sido muito divisionista. Neste país, tornou-se uma questão política (...), o que é uma observação triste. Não deveria ser, mas tem sido", disse Biden no discurso.
Algumas das medidas apresentadas por Biden são novas. Cerca de 150 milhões de norte-americanos com cobertura de saúde privada poderão obter exames de coronavírus em casa - sendo reembolsados por seus seguros de saúde -, enquanto 25 milhões de testes adicionais devem ser encaminhados para centros de saúde comunitários e clínicas rurais, segundo funcionários do governo ouvidos pelo The New York Times - para que sejam aplicados a domicílio naqueles que não possuem cobertura privada, incluindo destinatários do Medicaid.
Outra parte das medidas antecipadas pela Casa Branca parte de iniciativas já existentes, como o plano de estímulo a empresas para instituir requisitos obrigatórios de vacinação ou testagem regular para seus funcionários.
Segundo a Casa Branca, as medidas permitirão que escolas e empresas permaneçam abertas. "Estamos fazendo de tudo para dar às pessoas o máximo de proteção à medida que entramos nos meses de inverno (no Hemisfério Norte)", disse um alto funcionário do governo a repórteres em uma teleconferência na noite de quarta-feira.

Especialistas criticam morosidade do governo

Antes do discurso do presidente, especialistas em saúde pública disseram que novas medidas para afastar o coronavírus estavam atrasadas, lamentando o ritmo lento de vacinação, o aumento da desinformação que alimentou a hesitação vacinal e outros fatores que disseram ter deixado o país vulnerável a um aumento potencial de infecções no inverno. Por exemplo, 58% dos norte-americanos foram considerados "totalmente vacinados" contra o coronavírus em 1º de novembro - um número que subiu para apenas 59,4% em 1º de dezembro, de acordo com o rastreador de vacinação do The Washington Post.
"Estamos indo pelo caminho errado" quanto ao status de vacinação, disse Eric Topol, diretor do Scripps Research Translational Institute, afirmando que o país deveria ter como objetivo imunizar pelo menos 80% da população para garantir proteção suficiente contra outro pico de casos. Mas "estamos em 59% e decaindo."

Teste para entrar no país deverá ser feito 24h antes do embarque

O governo dos Estados Unidos vai exigir, a partir da próxima semana, que todas as pessoas que chegarem ao país do exterior apresentem teste negativo para o coronavírus de até 24 horas, independentemente de nacionalidade ou status de vacinação. A medida é parte de um conjunto de políticas para fortalecer o combate à variante Ômicron.