A Alemanha anunciou nesta quinta-feira (2) restrições para as pessoas que não se vacinaram contra a Covid-19. Na prática, quem não tiver se imunizado nem se recuperado recentemente da doença viverá em um regime de lockdown parcial. Dessa forma, quem não se vacinou está proibido de acessar lojas não essenciais e estabelecimentos culturais e recreativos no país - estão permitidos supermercados, padarias e farmácias. A medida é parte do esforço para conter o aumento das infecções por coronavírus, que voltaram a ultrapassar a marca de 70 mil novos casos diários.
Cerca de 68,7% da população da Alemanha está totalmente vacinada, taxa abaixo do mínimo de 75% que o governo almeja. Scholz disse na terça-feira (30) que apoia a ordem geral de vacinação, mas defende que os legisladores votem de acordo com sua consciência pessoal, em vez de seguirem linhas partidárias sobre o assunto.
Variante Ômicron ameaça agravar ainda mais a situação na Alemanha
O aumento de casos de Covid nas últimas semanas e a chegada da nova variante Ômicron acenderam o alerta para médicos e cientistas alemães, que apontaram que os serviços médicos do país podem ficar sobrecarregados nas próximas semanas, a menos que medidas drásticas sejam tomadas. Alguns hospitais no sul e no leste da Alemanha já transferiram pacientes para outras partes do país devido à falta de leitos de terapia intensiva (UTI).
De acordo com a Universidade Johns Hopkins, a Alemanha é o segundo país no mundo com mais contágios nos últimos 28 dias (1,3 milhão), atrás apenas dos Estados Unidos (2,4 milhão). Já o número semanal de mortes - foram 1,83 mil óbitos na semana passada - é o mais alto desde o início de março.