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Internacional

- Publicada em 16 de Novembro de 2021 às 20:23

Polônia tenta barrar refugiados na fronteira com a Bielorrússia

Forças de segurança da Polônia usaram canhões d'água e gás lacrimogêneo para tentar barrar refugiados

Forças de segurança da Polônia usaram canhões d'água e gás lacrimogêneo para tentar barrar refugiados


PODLASKA REGIONAL POLICE/AFP/afp/jc
Nesta terça-feira (16), as forças de segurança da Polônia usaram canhões d'água e gás lacrimogêneo para tentar barrar refugiados na fronteira. Na semana passada, houve espancamentos e prisões de imigrantes e ao menos uma pessoa morreu, presumivelmente de frio à noite.
Nesta terça-feira (16), as forças de segurança da Polônia usaram canhões d'água e gás lacrimogêneo para tentar barrar refugiados na fronteira. Na semana passada, houve espancamentos e prisões de imigrantes e ao menos uma pessoa morreu, presumivelmente de frio à noite.
A violência da repressão tem causado críticas internas a Varsóvia, que já é um país complexo no contexto europeu, por advogar instâncias agressivas ante a Rússia dentro da Otan (aliança militar ocidental) e ter um governo de direita considerado violador de princípios da União Europeia (UE).
Há talvez 15 mil refugiados na Bielorrússia, 4.000 concentrados em áreas fronteiriças. As condições de abrigo são precárias, como na região do conflito desta terça, perto da cidade polonesa de Kuznica.
Os poloneses se defendem, dizendo que estavam apenas evitando um ataque com pedras contra seus soldados. Tanto a Polônia quanto a vizinha Lituânia, que também enfrenta problemas, declararam estado de emergência para assegurar a expulsão de eventuais imigrantes - e coibiram o trabalho da imprensa nas áreas afetadas.
Na segunda, a UE divulgou novas sanções econômicas contra a ditadura em Minsk, gerando protestos do governo de Aleksandr Lukachenko. O uso dos refugiados, diz o bloco, visa retaliar contra punições já existentes, feitas na esteira da repressão do ditador contra protestos após vencer uma eleição de fachada em 2020.
Ao mesmo tempo que essa crise se desenrola, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, gerou alarmes no Ocidente por movimentar tropas perto da fronteira da Ucrânia, país com quem tem difícil relação desde 2014, quando anexou a Crimeia e fomentou a guerra civil que deixou o leste ucraniano autônomo.
O russo nega ter intenção de invadir o vizinho, em apoio aos separatistas pró-Kremlin. Sua intenção principal, de fato, é manter o status quo de conflito congelado na região, conhecida como Donbass, pois isso previne a Ucrânia de aderir formalmente à Otan e dificulta o acesso à UE.
Ambos os blocos exigem membros sem problemas territoriais, e o Kremlin vê a Ucrânia, assim como a aliada Bielorrússia, como áreas tampão entre suas Forças Armadas e as dos países da Otan.
Curiosamente, a própria Guarda de Fronteira da Ucrânia tentou relativizar a importância da movimentação, ressaltando que ela acontece a centenas de quilômetros, o que não sugere alguma ameaça iminente. Mas os Estados Unidos foram duros ao dizer que a Rússia não deveria "repetir o erro de 2014", nas palavras do secretário de Estado, Antony Blinken.
Na segunda (15), foi a vez do presidente francês, Emmanuel Macron, dizer a Putin por telefone que se comprometia a garantir a integridade territorial ucraniana. Na semana passada, a situação na fronteira mobilizou forças militares de Polônia e Bielorrússia e também de Moscou e de Londres. O Ocidente acusa Putin de incentivar a ditadura de Lukachenko a atrair imigrantes de países afetados por guerras e empurrá-los fronteiras europeias a dentro. Os aliados a leste negam.
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