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Internacional

- Publicada em 30 de Setembro de 2021 às 16:49

Senado dos EUA evita paralisação do governo, mas impasse sobre pacotes de Biden prossegue

Iniciativa é criticada por dois senadores democratas, entre eles Kyrsten Sinema, representante do Arizona

Iniciativa é criticada por dois senadores democratas, entre eles Kyrsten Sinema, representante do Arizona


Drew Angerer/Getty Images/AFP/JC
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta (30) a liberação de verbas para que o governo federal siga operando de forma plena. A medida obteve apoio republicano nas duas Casas e deve também ser aprovada na Câmara, nas próximas horas, para ser sancionada em seguida pelo presidente Joe Biden.
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta (30) a liberação de verbas para que o governo federal siga operando de forma plena. A medida obteve apoio republicano nas duas Casas e deve também ser aprovada na Câmara, nas próximas horas, para ser sancionada em seguida pelo presidente Joe Biden.
Assim, os congressistas evitarão um "shutdown", a paralisação de serviços não essenciais do governo, o que ocorreria a partir desta sexta-feira (1º), quando começa o novo ano fiscal, se não houvesse acordo. Por outro lado, três outras questões importantes para o governo Biden seguem em debate no Legislativo norte-americano e tiveram poucos avanços na manhã desta quinta-feira. São elas: evitar um calote em outubro e colocar em votação dois grandes pacotes de investimentos propostos pela administração do democrata.
Um dos projetos reúne investimentos em infraestrutura, como reformas de estradas, pontes e redes de banda larga, que somam US$ 1,2 trilhão. O outro traz novos programas sociais, que ampliam o acesso à saúde e o envio de dinheiro a famílias com crianças, entre outros pontos, cotado em US$ 3,5 trilhões.
O pacote de infraestrutura já passou no Senado e agora depende do aval da Câmara. A ala progressista democrata, porém, opõe-se a aprová-lo caso não haja garantias de que o projeto social também avance.
Apelidada de "Build Back Better" (construir de novo e melhor), a iniciativa é criticada por dois senadores democratas, Joe Manchin e Kyrsten Sinema. Sem o apoio deles, a medida não tem como ser aprovada, pois os democratas possuem maioria estreita na Casa, de 50 votos além do poder de desempate, da vice Kamala Harris. Apenas um voto contrário sepultaria a medida, já que os republicanos não a apoiam.
Assim, tanto Pelosi quanto Biden passaram os últimos dias tentando convencer os progressistas a não barrar o plano de infraestrutura e fazer os dois senadores centristas apoiarem o pacote social.
Na noite de quarta (29), Manchin divulgou um comunicado duro, no qual mantinha sua posição. "Gastar mais trilhões em novos programas do governo quando nós nem conseguimos pagar os programas sociais essenciais, como Medicare e Seguro Social, é a definição de insanidade fiscal", disse.
Um dos entraves da negociação era o fato de que os dois senadores não deixaram claro se aceitariam apoiar ao menos parte do plano. Nesta quinta, no fim da manhã, Manchin disse a jornalistas que poderia aceitar um pacote de até US$ 1,5 trilhão, bem abaixo do valor proposto, de US$ 3,5 trilhões.
O senador disse defender que os programas sociais se concentrem em crianças e idosos, em vez de dar mais vantagens à classe média como um todo. Ele aponta que o aumento de gastos pode gerar inflação e que não vê sentido em dar mais benefícios enquanto milhões de vagas de emprego seguem abertas.
Também nesta quinta, a deputada democrata Pramila Jayapal, líder do bloco progressista, reafirmou que o grupo só votará a favor do pacote de infraestrutura depois de o projeto de benefícios sociais ser aprovado tanto na Câmara quanto no Senado. Ela disse que, caso seja necessário, a ala progressista do partido está disposta a estender os debates até durante o final de semana.
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