Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 28 de Junho de 2021 às 19:46

Avanço da variante Delta leva a novas restrições em todo o mundo

Sydney, na Austrália, entrou em novo lockdown de duas semanas

Sydney, na Austrália, entrou em novo lockdown de duas semanas


Steven Saphore/AFP/JC
A preocupação com a rápida disseminação da variante Delta do novo coronavírus vem forçando um número crescente de países a reimpor medidas restritivas mais rigorosas na tentativa de impedir que uma nova onda da Covid-19 atrapalhe os esforços globais para conter a pandemia e a retomada da normalidade. Apenas no final da semana passada, novas restrições a viagens e a atividades cotidianas foram anunciadas em países como Austrália, África do Sul e Alemanha.
A preocupação com a rápida disseminação da variante Delta do novo coronavírus vem forçando um número crescente de países a reimpor medidas restritivas mais rigorosas na tentativa de impedir que uma nova onda da Covid-19 atrapalhe os esforços globais para conter a pandemia e a retomada da normalidade. Apenas no final da semana passada, novas restrições a viagens e a atividades cotidianas foram anunciadas em países como Austrália, África do Sul e Alemanha.
Especialistas em saúde alertam que a variante Delta - inicialmente identificada na Índia - está a caminho de se tornar a versão mais dominante do coronavírus em todo o mundo. Além da Índia, países como Portugal, Reino Unido e Rússia enfrentam um novo avanço da pandemia, impulsionado pela cepa indiana - que, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana passada, já foi detectada em pelo menos 92 países. Além disso, a cepa tem se espalhado inclusive em populações já majoritariamente vacinadas contra a Covid-19.
Pelo avanço da nova cepa, a Austrália colocou em lockdown algumas das principais regiões do país. Nesta segunda-feira (28), Sydney e Darwin, duas das principais cidades australianas, amanheceram fechadas - na primeira, o lockdown deve durar duas semanas. Em Perth foi restabelecido o uso obrigatório de máscara e a população foi alertada sobre a possibilidade de um novo lockdown. Brisbane e Camberra também estão entre as cidades onde houve a reimposição das regras.
A maioria dos novos casos no país está relacionada a um motorista de limusine de Sydney que testou positivo em 16 de junho para a variante Delta. Ele não foi vacinado e, segundo relatos, não usava máscara. A suspeita é de que ele tenha sido infectado enquanto transportava a tripulação de um voo estrangeiro do aeroporto. O estado de Nova Gales do Sul, onde fica a cidade, relatou 18 novos casos no último período de 24 horas.
O conselheiro de políticas de saúde australiano, Bill Bowtell, disse que o governo precisava considerar apressar as vacinações, reduzindo o intervalo entre as doses dos imunizantes da AstraZeneca de 12 para 8 semanas. "Nós realmente enfrentamos a crise mais séria da pandemia da Covid-19 desde os primeiros dias de fevereiro-março do ano passado", disse.
Na Alemanha, o Instituto Robert Koch, agência federal responsável pelos indicadores de Covid-19, incluiu Portugal e Rússia entre os países da "zona com variante do vírus", grupo sujeito a normas mais rígidas de controle, do qual também faz parte o Reino Unido. Agora, os alemães estariam tentando banir viajantes britânicos da União Europeia (UE), independentemente de estarem ou não vacinados contra o vírus, de acordo com publicação do jornal britânico The Times desta segunda. Ainda de acordo com o jornal, o plano precisa ser discutido no comitê integrado de resposta à crise da UE, mas enfrentará resistência de países que costumam receber grande número de turistas britânicos no verão.
Em Portugal, um dos países dependentes do turismo de verão, a variante Delta já é responsável por 51% dos casos de Covid-19, de acordo com relatório divulgado no fim da semana passado. Um horário limite de funcionamento foi imposto a restaurantes nas regiões de Lisboa e do Algarve, onde se concentram, respectivamente, a maioria dos novos casos (71%) e o número de reprodução viral mais elevado. No fim de semana anterior, viagens com destino ou partida da região metropolitana de Lisboa já haviam sido proibidas. O salto nas infecções no país ocorreu após a reabertura para visitantes da UE e da Grã-Bretanha em meados de maio, especialmente no final da Liga dos Campeões.
As medidas restritivas relacionadas à nova variante também afetaram o Brasil, que foi incluído na lista de “países de alto risco” de Bangladesh e Taiwan. Oficialmente, só 11 casos foram confirmados em território brasileiro até agora.
Apesar do lockdown, restrição de viagens e regras de distanciamento social serem os meios mais utilizados por autoridades de saúde ao redor do mundo para conter o avanço das infecções, alguns países impõem medidas próprias. Ao elevar o alerta da pandemia para o nível 4 - segundo mais rigoroso -, a África do Sul proibiu a venda de bebidas alcoólicas. De acordo com o presidente Cyril Ramaphosa, a proibição é necessária para aliviar a pressão sobre os hospitais trazida por incidentes de emergência relacionados ao álcool.
Além disso, a nova determinação sul-africana também impõe uma ampliação do toque de recolher e proibições de reuniões, refeições em locais fechados e algumas viagens domésticas, pelo período de 14 dias.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO