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Internacional

- Publicada em 14 de Dezembro de 2020 às 18:53

Mídia associa serviço secreto russo a envenenamento de Navalny

Navalny transmitiu em detalhes a investigação da imprensa em seu blog

Navalny transmitiu em detalhes a investigação da imprensa em seu blog


DIMITAR DILKOFF/AFP/JC
O mais importante nome da oposição ao governo russo, Alexei Navalny, foi envenenado em agosto com Novitchok, um grupo de agentes neurológicos desenvolvido pela União Soviética nos anos 1970 e 1980. O ativista anticorrupção de 44 anos passou mal em 20 de agosto, durante um voo de Tomsk, na Sibéria, para Moscou. Ele recebeu os primeiros atendimentos na cidade de Omsk, também na Sibéria, e dias depois, foi transferido para Berlim, na Alemanha, onde foi mantido em coma induzido.
O mais importante nome da oposição ao governo russo, Alexei Navalny, foi envenenado em agosto com Novitchok, um grupo de agentes neurológicos desenvolvido pela União Soviética nos anos 1970 e 1980. O ativista anticorrupção de 44 anos passou mal em 20 de agosto, durante um voo de Tomsk, na Sibéria, para Moscou. Ele recebeu os primeiros atendimentos na cidade de Omsk, também na Sibéria, e dias depois, foi transferido para Berlim, na Alemanha, onde foi mantido em coma induzido.
Nesta segunda-feira (14), mais de dois meses após Navalny receber alta, vários meios de comunicação, entre eles Bellingcat, CNN e Der Spiegel, publicaram uma investigação na qual acusam especialistas em armas químicas dos serviços especiais russos (FSB) de terem seguido o opositor, inclusive no dia de seu suposto envenenamento.
O site de investigações Bellingcat, juntamente com a emissora norte-americana CNN, o site russo The Insider e o semanário alemão Der Spiegel, publicaram uma investigação conjunta que revela nomes e fotos de homens, apresentados como especialistas em substâncias químicas, como o Novichok.
Laboratórios de França, Alemanha e Suécia confirmaram o envenenamento por Novichok. Porém, a Rússia desmentiu em várias ocasiões que Navalny tivesse sido envenenado em Tomsk e afirmou que a substância neurotóxica não estava presente em seu organismo quando foi tratado na Rússia.
Os agentes russos faziam um acompanhamento regular de Navalny desde 2017, segundo o Bellingcat, que analisou um volume de dados, em especial de telefone e de viagens, vazados por sites russos. "Os agentes estavam no local onde estava o militante da oposição nas horas e nos dias que abrangem o período durante o qual ele foi envenenado com uma arma química militar", avalia o Bellingcat, que detectou 37 viagens desde 2017 nas quais Navalny foi seguido por um ou vários destes agentes.
Segundo a CNN, a presidência russa recusou-se a comentar a investigação e o FSB não respondeu. As reportagens não estabelecem nenhum contato direto entre os agentes e o opositor. "Sei quem quis me matar, sei onde moram, sei onde trabalham, conheço seus nomes verdadeiros, conheço seus codinomes e tenho suas fotos", reagiu Navalny, que transmitiu em detalhes a investigação destes veículos em seu blog.
A partir de dados coletados na internet, o site Belligncat identificou em várias ocasiões nos últimos anos supostos agentes envolvidos em operações do FSB, o que Moscou nega. Em especial, publicou os nomes dos agentes de Inteligência militar russa responsáveis pelo envenenamento na Inglaterra com Novichok de um ex-agente duplo, Serguei Skripal.
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