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Internacional

- Publicada em 23 de Outubro de 2020 às 19:34

Com hospitais sob pressão devido à Covid-19, Portugal impõe uso obrigatório de máscara nas ruas

Já há mais doentes internados agora em Portugal do que nos primeiros meses da pandemia

Já há mais doentes internados agora em Portugal do que nos primeiros meses da pandemia


PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/JC
Em mais uma medida para conter a disparada de infecções pelo coronavírus, o Parlamento de Portugal aprovou nesta sexta-feira (23) o uso obrigatório de máscaras ao ar livre. A medida tem validade de 70 dias e vale para pessoas com idade superior a dez anos, sempre que não for possível manter distanciamento físico. Quem descumprir as regras está sujeito a multas entre 100 e 500 euros (de R$ 664,00 a R$ 3.322).
Em mais uma medida para conter a disparada de infecções pelo coronavírus, o Parlamento de Portugal aprovou nesta sexta-feira (23) o uso obrigatório de máscaras ao ar livre. A medida tem validade de 70 dias e vale para pessoas com idade superior a dez anos, sempre que não for possível manter distanciamento físico. Quem descumprir as regras está sujeito a multas entre 100 e 500 euros (de R$ 664,00 a R$ 3.322).
Até agora, o uso de proteção facial era obrigatório em estabelecimentos comerciais, espaços fechados e nos transportes públicos. O texto originalmente proposto pelo governo acabou deixado de lado devido a controvérsia em outro ponto: além do uso de máscaras na rua, haveria também a obrigatoriedade de instalar o aplicativo oficial de rastreamento de contatos de pessoas infectadas, o StayAway Covid.
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Obrigatoriedade da instalação do StayAway Covid foi rejeitada devido a polêmicas sobre privacidade. Foto: Patricia de Mello Moreira/AFP/JC

Em meio a polêmicas sobre privacidade e compartilhamento de dados, a proposta foi duramente criticada por juristas, especialistas em saúde e deputados da base do governo, que acabou desembarcando da ideia. Restou aprovar, então, o texto alternativo do partido de oposição.
Apesar de a obrigatoriedade de máscaras ter sido apoiada pela maior parte dos deputados, sobraram críticas à atuação do governo de António Costa na gestão deste repique da pandemia em Portugal. Alguns parlamentares também questionaram a falta de clareza no texto, que determina uso de máscaras em situações em que o distanciamento não é possível, mas não estabelece um limite claro para a distância mínima necessária. "É preciso que os critérios da aplicação da lei sejam definidos com clareza", pediu o líder parlamentar do PCP, o deputado João Oliveira.
Nas últimas duas semanas, o número de novas infecções pelo SARS-CoV-2 disparou em Portugal, assim como em muitos países europeus. Nesta quinta (22), o país ultrapassou pela primeira vez a marca de 3 mil novos casos em um único dia, com 3.270 testes positivos em todo o território. Especialistas já trabalham com um cenário de até 6 mil novas infecções diárias em novembro.
Enquanto isso, o sistema de saúde do país dá sinais de tensão. Já há mais doentes internados agora do que nos primeiros meses da pandemia. Na região metropolitana da capital, mais de 80% das vagas para pacientes com Covid-19 nas enfermarias dos hospitais estão ocupadas. Assim, as duas grandes cidades do país, Lisboa e Porto, vão reabrir hospitais de campanha.
O uso de máscaras ao ar livre se junta a outras restrições impostas. Na quinta, o Conselho de Ministros colocou três cidades no Norte do país - Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira - em confinamento parcial, com saídas autorizadas só para trabalho, estudos, questões de saúde e outras poucas exceções.
Para evitar viagens no fim de semana do dia de Todos os Santos (1º/11), tradicional data religiosa no país, os cidadãos foram proibidos de sair de suas cidades no período entre 30 de outubro e 3 de novembro.
Na semana passada, o governo já havia limitado reuniões a um máximo de 5 pessoas, além de regular festas e estabelecimentos comerciais. Até agora, segundo dados da Direção-Geral da Saúde, foram confirmados um total de 112.440 casos e 2.276 mortes pela Covid-19.
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