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Internacional

- Publicada em 28 de Setembro de 2020 às 18:59

Direita alemã demite membro que sugeriu mandar imigrantes para câmara de gás

Christian Lüth fez as declarações durante conversava em um bar em Berlim com uma youtuber que queria contratar

Christian Lüth fez as declarações durante conversava em um bar em Berlim com uma youtuber que queria contratar


ODD ANDERSEN/AFP/JC
O partido de direita radical AfD (Alternativa para a Alemanha) demitiu nesta segunda-feira (28) seu ex-porta-voz Christian Lüth por declarações em que ele sugere mandar imigrantes para a câmara de gás. As declarações foram filmadas sem que ele soubesse, em fevereiro. Lüth, na época ainda porta-voz do grupo parlamentar, conversava em um bar em Berlim com uma youtuber que queria contratar.
O partido de direita radical AfD (Alternativa para a Alemanha) demitiu nesta segunda-feira (28) seu ex-porta-voz Christian Lüth por declarações em que ele sugere mandar imigrantes para a câmara de gás. As declarações foram filmadas sem que ele soubesse, em fevereiro. Lüth, na época ainda porta-voz do grupo parlamentar, conversava em um bar em Berlim com uma youtuber que queria contratar.
No encontro, ele afirmou ser a favor da entrada de imigrantes no país "porque ficaria melhor para a AfD". "Quanto pior a Alemanha estiver, melhor para a AfD. Depois podemos fuzilar todos eles. Ou mandá-los para a câmara de gás, ou o que você quiser. Não me importo!", afirmou o ex-assessor do partido, segundo vários veículos da mídia alemã. Ainda que ele não tivesse mais o cargo, ainda era contratado do partido.
O canal de TV ProSieben, que gravou a conversa para um documentário sobre políticos de direita, disse que, por razões legais, não poderia confirmar o nome de Lüth. O programa iria ao ar nesta semana. Em abril, Lüth já havia sido dispensado do cargo de porta-voz do partido após relatos de que teria se descrito como "fascista" e de "ascendência ariana".
Ao anunciar a demissão nesta segunda-feira, o líder da bancada parlamentar da AfD, Alexander Gauland, disse que as declarações atribuídas a Lüth eram "completamente inaceitáveis e de forma alguma relacionadas aos objetivos e políticas da AfD e do grupo parlamentar da AfD no Parlamento alemão".
O próprio Gauland, no entanto, já havia dito em entrevista à revista Der Spiegel em 2015 que o partido de direita radical "devia seu ressurgimento principalmente à crise dos refugiados".
A AfD, principal partido de oposição ao governo de Angela Merkel, tem visto sua popularidade cair e enfrentado disputas internas entre sua facção mais moderada e a mais radical, o grupo Flügel (asa).
Com 7,5 mil apoiadores, o Flügel passou a ser considerado pelas autoridades de segurança alemãs como de extrema direita e tem ligações com movimentos neonazistas. Recentemente a polícia decidiu colocá-lo sob vigilância. Lüth, de 44 anos, entrou na AfD em 2013 e ocupou o cargo de porta-voz do grupo parlamentar desde que o partido ingressou no equivalente à Câmara dos Deputados, em 2017. "Isso é veneno para nosso país e me deixa doente", disse à AFP Katja Mast, vice-presidente do grupo parlamentar do SPD (social-democrata), partido ao qual Lüth era ligado antes de se unir ao AfD.
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