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Internacional

- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 17:37

EUA agrava crise entre China e Taiwan com visita de autoridade à ilha

Krach ficará três dias na ilha, onde irá encontrar a presidente taiwanesa

Krach ficará três dias na ilha, onde irá encontrar a presidente taiwanesa


Pei Chen/POOL/AFP/JC
A crise entre China e Taiwan, ilha que o país asiático considera uma província rebelde, agravou-se nesta quinta-feira (17) com a chegada de mais uma alta autoridade norte-americana à república insular. O Ministério das Relações exteriores chinês afirmou que "dará uma resposta necessária" à visita de Keith Krach, subsecretário de Estado para Assuntos Econômicos dos EUA. Ele ficará três dias na ilha, onde irá encontrar-se com a presidente Tsai Ing-wen, segundo informações da Folhapress.
A crise entre China e Taiwan, ilha que o país asiático considera uma província rebelde, agravou-se nesta quinta-feira (17) com a chegada de mais uma alta autoridade norte-americana à república insular. O Ministério das Relações exteriores chinês afirmou que "dará uma resposta necessária" à visita de Keith Krach, subsecretário de Estado para Assuntos Econômicos dos EUA. Ele ficará três dias na ilha, onde irá encontrar-se com a presidente Tsai Ing-wen, segundo informações da Folhapress.
Krach é a mais alta autoridade do Departamento de Estado, o Itamaraty norte-americano, a visitar Taiwan desde que os EUA reconheceram a China comunista - de forma ambígua, dando suporte à pretensão territorial de Pequim sobre Taipé, mas ao mesmo tempo fornecendo armas para a ilha.
Em agosto, o governo de Donald Trump já havia despachado o secretário de Saúde, Alex Azar, para aquela que seria a visita de mais alto nível desde 1979. Na ocasião, a China fez uma ameaça militar direta a Taiwan, e dois caças seus chegaram a ficar na mira de baterias antiaéreas da ilha.
A fórmula foi repetida nesta quarta (16), véspera da chegada de Krach. Dois aviões de patrulha marítima Y-8 chineses voaram até a porção sudoeste da Adiz (sigla inglesa de Zona de Identificação de Defesa Aérea) de Taiwan e deram meia-volta.
A Adiz é uma área que vários países estabelecem, além de seu espaço aéreo, para identificar aeronaves suspeitas que se dirijam a seu território. Os EUA usualmente testam a rapidez de reação dos chineses em sua própria Adiz.
"A China vai dar a resposta necessária dependendo de como a situação evoluir. Nós pedimos ao lado norte-americano que reconheça a extrema sensibilidade da questão de Taiwan", afirmou Wang Wenbin, do Ministério das Relações Exteriores.
Krach tem a missão, segundo relatos da mídia de Taiwan, de tentar azeitar um acordo de livre comércio entre a ilha e os EUA - algo a que a China obviamente se opõe. Poderá deixar Taipé, no mínimo, com o fim da restrição à compra de carne suína e bovina dos EUA, como Tsai prometeu.
Taiwan é um dos problemas mais complexos para a ditadura chinesa. A política oficial é a de reabsorver a ilha, que concentrou os derrotados pelos comunistas em 1949, pacificamente, mas a guerra nunca foi descartada. Ela é considerada uma impossibilidade neste momento, e talvez nos próximos anos, devido ao alto grau de proteção militar em Taiwan - a China poderia ou não conseguir tomá-la à força, ou sofrer baixas inaceitáveis no processo, que incluiria evitar danos civis excessivos.
Além disso, documentos que tiveram o sigilo levantado recentemente mostram o que se sabia: os EUA estão comprometidos, ao fim, com a defesa da ilha contra uma invasão, apesar de reconhecer que ela faz parte da China. Ao mesmo tempo, os chineses têm aumentado o número de exercícios militares que simulam talvez não uma invasão, mas a tomada de alguma das ilhas e ilhotas controladas por Taiwan do estreito que leva seu nome até o disputado mar do Sul da China.
A China também não deve ter gostado nada da informação de que os EUA estão dispostos a vender mais armas sofisticadas para a ilha. Isso incluiria drones armados e mísseis de cruzeiro para interditar o estreito de Taiwan.
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