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Internacional

- Publicada em 20 de Julho de 2020 às 18:35

França e Reino Unido anunciam multas para quem estiver sem máscara

Segundo cientistas proteger o rosto em locais públicos ajuda a controlar a pandemia

Segundo cientistas proteger o rosto em locais públicos ajuda a controlar a pandemia


SANKA VIDANAGAMA/AFP/JC
Motivo de vexame público no Brasil, onde um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo humilhou um guarda-civil após ser multado em Santos, o uso obrigatório de máscaras é comum na Europa desde que o coronavírus se espalhou pelo continente, em março deste ano.
Motivo de vexame público no Brasil, onde um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo humilhou um guarda-civil após ser multado em Santos, o uso obrigatório de máscaras é comum na Europa desde que o coronavírus se espalhou pelo continente, em março deste ano.
Segundo acompanhamento feito pelo britânico Imperial College, 84% dos espanhóis, 83% dos italianos, 63% dos alemães e 53% dos franceses dizem usar as máscaras sempre que saem de casa.
Determinações de uso do equipamento de proteção foram mantidas na Alemanha, na Bélgica, na Grécia e na Espanha, e a regra acaba de ser ampliada na França: a multa para quem entrar em lojas sem nariz e boca cobertos será de € 135 (mais de R$ 830,00), a mesma já cobrada no transporte público. A nova regra francesa vale também para bancos, mercados cobertos e qualquer estabelecimento público fechado, segundo apurado em reportagem da Folhapress.
No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson apareceu na semana passada com um modelo de tecido elástico azul royal para anunciar que, a partir de sexta-feira, usar máscaras será obrigatório dentro de lojas no país, com multa de 100 libras (cerca de R$ 680,00).
Os governos que exigiam o equipamento de proteção para frear a transmissão do coronavírus eram dez em meados de março e hoje superam 130 nações (mais 20 estados norte-americanos), segundo o grupo de pesquisadores Masks4All. A França chegou a prender quem descumprisse o isolamento.
"Noventa e cinco por cento da população global vive em países em que as autoridades defendem as máscaras para reduzir a transmissão do vírus", diz o site da entidade, que afirma que os locais em que o uso em público é obrigatório são os que apresentam redução no número de novos casos da doença entre a primeira e a terceira semana de junho: uma queda de 25%, contra aumento de 84% onde as máscaras são apenas recomendadas.
Cientistas concordam com a conclusão das autoridades, ao menos a julgar pela revisão bibliográfica publicada pela revista britânica The Lancet. Os autores ressalvam que são necessários experimentos randomizados, mas, com base em 172 estudos observacionais em 16 países e seis continentes, concluem que proteger o rosto em locais públicos ajuda a controlar a pandemia.
O levantamento do Imperial College mostra que nos países nórdicos da Europa, onde há orientação para o uso, mas não obrigatoriedade, a porcentagem dos que aderem ao cuidado se inverte: dizem nunca usar máscaras 85% dos suecos, 83% dos finlandeses e 80% dos noruegueses. A Suécia, inclusive, passou a ter, na semana entre 13 e 20 de maio, a maior taxa de mortalidade por coronavírus per capita do mundo, colocando em dúvida sua estratégia de evitar uma quarentena rígida.
Na Bélgica, as máscaras eram obrigatórias desde maio no transporte público e, a partir deste mês, devem ser usadas em lojas e shopping centers, cinemas, teatros, casas de shows, locais de culto, museus e bibliotecas.
O governo belga comprou máscaras de tecido para todos os residentes no país: um membro de cada família pode retirar as suas em qualquer farmácia, mostrando a carteira de identidade. Em Bruxelas, a comuna de Ixelles envia para cada um de seus moradores um envelope com duas máscaras brancas de tecido, um pacote de material filtrante (para ser colocado dentro da máscara) e um folheto de orientações.
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