Nesta terça-feira (7), os EUA registravam 2,9 milhões de casos de coronavírus e pelo menos 127 mil mortes. Os norte-americanos tiveram mais que o dobro de óbitos relatados que qualquer outro país e representam quase um quarto de todas as mortes atribuídas ao vírus no mundo.
Após um fim de semana do Dia da Independência, que atraiu grandes multidões para exibições de fogos de artifício e produziu cenas de norte-americanos bebendo e festejando sem máscaras, as autoridades de saúde alertaram que os hospitais estão ficando sem espaço e a infecção está se espalhando de modo desenfreado. “Os EUA ainda estão até os joelhos na primeira onda da pandemia”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.
Fauci observou que a Europa conseguiu combater o vírus e agora está lidando com pequenos focos de infecção na reabertura. Os EUA, porém, "nunca chegaram a conter a curva e agora os casos estão voltando à tona", argumentou Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Apesar da alegação do presidente Donald Trump de que 99% dos casos de coronavírus são "inofensivos", Arizona e Nevada relataram seus maiores número de internações relacionadas à Covid-19 nos últimos dias. A média de sete dias em 12 estados atingiu novos picos, com os maiores aumentos em Virgínia Ocidental, Tennessee e Montana. A média móvel de novas ocorrências diárias em sete dias atingiu um recorde na segunda-feira (6), - o 28º dia consecutivo.
No Arizona, 89% dos leitos das unidades de terapia intensiva estavam cheios na segunda-feira, anunciou o Departamento de Saúde, que recentemente ultrapassou 100 mil casos. Alguns Estados impuseram novas restrições na segunda-feira, na tentativa de diminuir o número crescente de casos e preservar a capacidade do hospital.