A Itália aumentará os gastos para amenizar os estragos do coronavírus (Covid-19) e pode restringir a movimentação ainda mais para frear a proliferação de casos da doença, disse o primeiro-ministro Giuseppe Conte. O total de mortes aumentou no país e chegou a 1.016 nesta quinta-feira (12), com mais de 12.839 casos. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são mais de 125 mil casos em 118 países e territórios.
Reconhecendo a emergência crescente, Conte disse aos repórteres que o governo destinará 25 bilhões de euros para ajudar a reduzir o impacto na economia já frágil - há uma semana, ele estimou que o país precisaria de apenas 7,5 bilhões de euros.
Como uma interdição inicial no Norte do país não conteve a disseminação, na segunda-feira o governo proibiu todas as viagens não essenciais e as aglomerações públicas no território italiano até 3 de abril, além de suspender todos os eventos esportivos e prorrogar o fechamento das escolas.
As medidas não chegaram a interromper os trens e o transporte público, como a China fez em Wuhan, mas chefes regionais do Norte italiano exortaram o governo a seguir o exemplo chinês e impedir a maioria das atividades cotidianas.
Os idosos são particularmente suscetíveis ao vírus, e a Itália tem a população mais idosa da Europa, com 23% das pessoas com 65 anos ou mais. Especialistas dizem que isso pode explicar por que a taxa de fatalidade ali é de 6,6% - significativamente mais alta do que em outros lugares.
A maioria dos italianos parece estar respeitando os controles mais severos adotados em uma nação ocidental desde a Segunda Guerra Mundial, já que o tráfego está muito mais tranquilo do que o normal nas grandes cidades, muitas lojas e restaurantes estão fechados e só alguns voos estão operando.