Centenas de imigrantes que viajam em uma caravana da América Central começaram a chegar a Tijuana, na fronteira do México com os Estados Unidos, onde enfrentam uma longa espera para tentar obter asilo. Mais de 100 deles estabeleceram um acampamento numa praia ao lado de uma cerca de fronteira que se estende pelo Oceano Pacífico.
Cerca de metade das mais de mil camas em abrigos e igrejas foi ocupada por membros da caravana. Um estádio local foi transformado num abrigo temporário, com capacidade para receber 2 mil pessoas, segundo Enrique Morones, que comanda um grupo de ajuda chamado Border Angels.
A maioria dos membros da caravana, que no seu auge contou com 7 mil membros, se dirigiu para Tijuana, na fronteira com a Califórnia, e Nogales, na fronteira com o Arizona. Autoridades de alfândega em El Paso, no Texas, alertaram viajantes na semana passada que oficiais da região seriam enviados aos estados em antecipação à chegada da caravana.
Uma vez que cheguem aos Estados Unidos, adultos sem filhos podem aguardar em celas por um longo tempo até que seus casos sejam decididos. Famílias em geral são liberadas para aguardar no país enquanto seus casos são avaliados, um processo que pode levar anos. Menos de 20% dos pedidos de asilo são respondidos afirmativamente nos Estados Unidos, conforme estatísticas do governo.
Em antecipação à chegada da caravana, o presidente Donald Trump ordenou que milhares de tropas militares fossem à fronteira para ajudar os agentes de imigração a "endurecer" as travessias. Tropas do Texas e da Califórnia tem colocado arame farpado ao longo de rios, pontes e cercas para tornar mais difícil a travessia ilegal.