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acidente

- Publicada em 27 de Março de 2015 às 00:00

Copiloto do Airbus 320 derrubou avião propositalmente, diz promotor


ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP/JC
Jornal do Comércio
O piloto do Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes franceses na terça-feira saiu da cabine pouco antes de o avião começar a descer, segundo as informações recuperadas de uma das caixas-pretas. De acordo com as investigações do acidente, que deixou 150 mortos, o copiloto Andreas Lubitz agiu deliberadamente, provocando uma queda que durou 10 minutos, até a aeronave colidir contra as montanhas. O avião fazia o trajeto entre Barcelona, na Espanha, e Dusseldorf, na Alemanha.
O piloto do Airbus A320 da Germanwings que caiu nos Alpes franceses na terça-feira saiu da cabine pouco antes de o avião começar a descer, segundo as informações recuperadas de uma das caixas-pretas. De acordo com as investigações do acidente, que deixou 150 mortos, o copiloto Andreas Lubitz agiu deliberadamente, provocando uma queda que durou 10 minutos, até a aeronave colidir contra as montanhas. O avião fazia o trajeto entre Barcelona, na Espanha, e Dusseldorf, na Alemanha.
O promotor público de Marselha, Brice Robin, confirmou que a teoria mais provável para o trancamento do piloto do voo da Germanwings fora da cabine foi a ação do copiloto. "Enquanto estava sozinho, o copiloto pressionou o botão para colocar o avião em descida. É uma ação em altitude que só pode ocorrer de forma deliberada", disse o promotor, em coletiva nesta quinta-feira. As vítimas morreram na hora da batida, e não no caminho, ele afirmou. O CEO da Lufthansa (companhia da qual a Germanwings é subsidiária), Carsten Spohr, afirmou que o copiloto havia passado em todos os testes e que não despertara preocupações.
Robin não afirmou abertamente que acredita na teoria de suicídio, mas mostrou certeza de que o avião "foi jogado deliberadamente, para ser destruído". Ele também afirmou que não há indícios de outros envolvidos na ação.
O avião fez uma breve subida antes de iniciar o processo de rápida descida, ressaltou Robin. Só é possível ouvir gritos no final do voo, pouco antes da colisão. Os passageiros não teriam reparado na perda de altitude por um bom tempo. Perguntado sobre ligações criminais envolvendo o copiloto, o promotor afirmou que não havia menção a ele em qualquer lista de terrorismo.
Lubitz era alemão, tinha 28 anos e 630 horas de voo. Ele foi treinado pela Lufthansa e estava na ativa desde 2013. "Somos conhecidos pelo recrutamento de pilotos. Continuo a confiar em nossos profissionais. O que aconteceu aqui foi um caso trágico e individual", afirmou Spohr. "Quando alguém decide se matar e leva 149 pessoas junto, isso não parece suicídio para mim."
O ministro de Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt, disse que a teoria foi considerada "plausível" por especialistas do país. Ele afirmou não ter mais informações.
Nos novos aviões da Airbus, para abrir a porta trancada, um comandante dentro da cabine precisa destravá-la de dentro, através de uma chave no painel. Nas gravações, como não há voz de dentro da cabine, é possível presumir que o piloto que estava no comando não teria experimentado um problema técnico, já que teria relatado a situação. Não se sabe por qual motivo ele teria ficado fora da cabine.
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