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RÚSSIA

- Publicada em 31 de Dezembro de 2013 às 00:00

Dois ataques coordenados são registrados em 24 horas na Rússia


STRINGER/AFP/JC
Jornal do Comércio
As autoridades russas já identificaram indícios de ligações entre os atentados ocorridos no domingo e nesta segunda-feira em Volgogrado, a 900km de Moscou. Segundo o porta-voz do Comitê de Investigação, Vladimir Markin, foram encontradas características parecidas entre os explosivos usados nos dois ataques que, juntos, mataram ao menos 31 pessoas. Além disso, ambos atingiram sistemas de transporte - uma estação de trem e um ônibus.

As autoridades russas já identificaram indícios de ligações entre os atentados ocorridos no domingo e nesta segunda-feira em Volgogrado, a 900km de Moscou. Segundo o porta-voz do Comitê de Investigação, Vladimir Markin, foram encontradas características parecidas entre os explosivos usados nos dois ataques que, juntos, mataram ao menos 31 pessoas. Além disso, ambos atingiram sistemas de transporte - uma estação de trem e um ônibus.

De acordo com o porta-voz, um homem-bomba foi o autor do atentado desta segunda-feira, em um ônibus elétrico. Até agora, foram contabilizados 14 mortos e 28 feridos. No ataque de domingo, em uma estação de trem, morreram 17 pessoas - uma mulher-bomba foi apontada como autora da explosão. Os investigadores, por enquanto, ainda não vinculam esses dois episódios com o atentado ocorrido na sexta-feira na cidade de Pyatigorsk, que matou sete pessoas. 

O Ministério das Relações Exteriores russo sutilmente comparou ao 11 de Setembro os ataques a bomba em Volgogrado. Em um comunicado, o ministério compara os atentados a ataques ocorridos nos Estados Unidos, Síria e outros países e pede solidariedade internacional na luta contra os terroristas. “Não vamos recuar e continuaremos nossa luta consistente contra um inimigo insidioso que só pode ser derrotado com a união”, diz a nota.

O texto não aponta responsáveis pelos ataques, mas diz que são consequência de ameaças de militantes como Doku Umarov, líder de uma insurgência islâmica no Norte do Cáucaso que convocou militantes a evitarem que a Rússia hospede as Olimpíadas de Inverno em Sochi, a partir de 7 de fevereiro. Embora deva ser difícil para os terroristas passar pela forte segurança prevista para as instalações olímpicas, os bombardeios colocaram em xeque a facilidade de atingir alvos civis no restante da Rússia.

Ambas as ações, segundo analistas, indicam que os militantes podem estar usando o sistema de transportes como uma nova maneira de mostrar seu alcance além de sua região. Há alguns meses, o governo russo passou a exigir a apresentação de documentos de identidade ao comprar passagens de ônibus intermunicipais, como já ocorre para bilhetes aéreos ou ferroviários, mas não há fiscalização.

Volgogrado, antiga Stalingrado, é uma cidade de cerca de um milhão de habitantes, a 690km de Sochi. A região está próxima ao Norte do Cáucaso, uma faixa de províncias de prevalência muçulmana que sofre violência quase diária por parte de uma antiga insurgência islamita.

Putin eleva nível de segurança no país

O presidente Vladimir Putin ordenou a intensificação da segurança em toda a Rússia após o terceiro ataque, informou nesta segunda-feira o Comitê Nacional Antiterrorismo. O Ministério do Interior anunciou que as medidas atingirão todas as estações e os principais aeroportos. As autoridades regionais anunciaram o nível elevado de alerta antiterrorista na região de Volgogrado para os próximos 15 dias.

Entre as medidas de segurança, está a proibição da circulação de carros vindos de fora de uma zona de segurança de 100km ao redor de Sochi, iniciando um mês antes e terminando um mês depois dos jogos. Drones vigiarão as instalações olímpicas, e forças especiais patrulharão as montanhas ao redor do local.

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