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Venezuela

- Publicada em 09 de Janeiro de 2013 às 00:00

Governo diz que posse será adiada


AFP/JC
Jornal do Comércio
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou ontem que o presidente Hugo Chávez não tomará posse amanhã. Cabello leu uma carta do vice-presidente Nicolás Maduro, na qual ele explica que a equipe médica que cuida do líder em Havana recomendou a extensão da fase pós-operatória do presidente. Maduro escreveu na carta que Chávez pediu para que ele e Cabello “explicassem aos venezuelanos” a situação. Segundo Cabello, a posse deverá ser adiada por recomendação dos médicos, que decidiram “prolongar o repouso” de Chávez. Não há nenhuma previsão para a realização da cerimônia.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou ontem que o presidente Hugo Chávez não tomará posse amanhã. Cabello leu uma carta do vice-presidente Nicolás Maduro, na qual ele explica que a equipe médica que cuida do líder em Havana recomendou a extensão da fase pós-operatória do presidente. Maduro escreveu na carta que Chávez pediu para que ele e Cabello “explicassem aos venezuelanos” a situação. Segundo Cabello, a posse deverá ser adiada por recomendação dos médicos, que decidiram “prolongar o repouso” de Chávez. Não há nenhuma previsão para a realização da cerimônia.
O anúncio acirra ainda mais as tensões entre situação e oposição, que já se enfrentam há várias semanas em torno da polêmica sobre o que acontece agora. Os chavistas afirmam que a cerimônia de posse na Assembleia Nacional é um formalismo, que pode ser cumprido posteriormente ante a Suprema Corte venezuelana. Portanto, defendem que Maduro continue no cargo por seis meses - ou até que o atual mandatário volte de Cuba.
A oposição pressiona para que Cabello assuma o cargo interinamente. Desta forma, ele fica obrigado a convocar novas eleições em até 30 dias. Ontem, a Mesa de Unidade Democrática (MUD), principal organização da oposição venezuelana, enviou uma carta à OEA (Organização dos Estados Americanos) alertando que qualquer cenário alternativo representaria uma ruptura democrática no país.  O líder da oposição, Henrique Capriles, pediu à Suprema Corte do país que decida se o presidente  deve permanecer no poder mesmo se não for capaz de tomar posse.
Chávez ainda enfrenta dificuldades respiratórias quase um mês depois de ter passado por uma cirurgia para a remoção de um câncer, em Cuba. O Ministério da Informação informou que o presidente está se adaptando a um tratamento que “administrado constantemente e com rigor”.
O assessor especial da presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, disse que o País apoia a tese chavista de que a posse pode ser adiada. Outros líderes da região também já demonstraram respaldo, em especial o boliviano Evo Morales e o uruguaio José Mujica, que anunciaram que viajarão a Caracas para comparecer a um ato de “não posse”.
A oposição alega que o governo não está sendo franco no que diz respeito ao verdadeiro estado de saúde de Chávez, lembrando que o tipo exato de câncer que o aflige nunca foi divulgado e que detalhes não confirmados sobre a situação do presidente venezuelano saíram na imprensa estrangeira e em redes sociais.
Diego Padrón, líder da conferência de bispos católicos da Venezuela, acredita que o comportamento sigiloso do governo “não favorece em nada a tranquilidade no país”. Caracas orientou a população a não dar atenção a “mensagens de guerra psicológica” transmitidas do exterior.
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