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Estados Unidos

- Publicada em 08 de Novembro de 2012 às 00:00

Reeleito, Obama terá Congresso dividido


JEWEL SAMAD/AFP/JC
Jornal do Comércio
Reeleito, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, governará até 2017. O 44º mandatário norte-americano superou facilmente os 270 votos necessários para ser escolhido pelo Colégio Eleitoral. Com 97% dos votos populares apurados ontem, Obama contava com 303 votos dos delegados, enquanto seu rival, o republicano Mitt Romney, tinha 206.
Reeleito, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, governará até 2017. O 44º mandatário norte-americano superou facilmente os 270 votos necessários para ser escolhido pelo Colégio Eleitoral. Com 97% dos votos populares apurados ontem, Obama contava com 303 votos dos delegados, enquanto seu rival, o republicano Mitt Romney, tinha 206.
“Muito, muito obrigado. Hoje, mais de 200 anos depois de uma ex-colônia conquistar o direito de determinar seu próprio destino, nossa união avança. Ela avança graças a vocês. Ela avança porque vocês reafirmaram o entusiasmo que triunfa sobre a guerra e a depressão”,  disse o governante em seu discurso da vitória.
Os democratas conseguiram manter sua vantagem no Senado, de 53 cadeiras, mas os republicanos ficaram com o controle da Câmara dos Representantes (deputados federais) e tinham, segundo contagem parcial, 227 das 435 cadeiras, com a chance de conquistar mais nove. Os democratas conquistaram 178 cadeiras, mas ainda podem ter mais 19 deputados. Atualmente, os republicanos controlam a Câmara, com 240 cadeiras, e os democratas têm 190, enquanto cinco estão vagas.
Os resultados mostram que Obama enfrentará o mesmo Congresso dividido em 2013. O líder da Câmara, o republicano John Boehner, que conseguiu manter seu emprego, se ofereceu para trabalhar com qualquer vencedor, democrata ou republicano. “O povo quer soluções e, nesta noite (de terça-feira), ele respondeu ao renovar a nossa maioria”, disse Boehner. Mas o republicano também afirmou que não existe nenhuma margem de manobra para aumento de impostos. Obama propôs elevar os tributos para pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano.
O controle do Senado, contudo, deverá manter para Obama uma barreira contra as tentativas dos republicanos de derrubarem seu maior feito - a reforma do sistema de saúde, o chamado Obamacare, que obriga cada cidadão a ter cobertura de um seguro de saúde. Mais de 40 milhões de norte-americanos não têm plano e a reforma, já aprovada no Congresso, embora contestada pelos republicanos na Suprema Corte, deverá ser totalmente implementada até 2014.
O primeiro teste para Obama no Congresso deverá começar na próxima semana, quando os representantes e senadores voltarem do recesso para lidar com o urgente “abismo fiscal”, um aumento de impostos de US$ 400 bilhões e cortes de U$ 100 bilhões nos gastos militares e domésticos. Os cortes de US$ 500 bilhões entrarão em efeito imediato em janeiro, a não ser que a Casa Branca e o Congresso encontrem uma alternativa no restante de novembro e em dezembro. Economistas alertam que o “abismo fiscal” poderá levar os EUA rapidamente a uma nova recessão. Uma alternativa pode ser negociar o aumento do teto de endividamento do governo - atualmente, a dívida pública federal já supera US$ 16 trilhões.
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