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Síria

- Publicada em 27 de Outubro de 2011 às 00:00

Manifestações antecedem a missão da Liga Árabe


LOUAI BESHARA/AFP/JC
Jornal do Comércio
Milhares de apoiadores do presidente Bashar Assad realizaram ontem uma marcha em Damasco, enquanto seus opositores promoveram uma greve geral na Síria, antes da chegada de uma missão da Liga Árabe com o intuito de reunir os dois lados para negociação.
Milhares de apoiadores do presidente Bashar Assad realizaram ontem uma marcha em Damasco, enquanto seus opositores promoveram uma greve geral na Síria, antes da chegada de uma missão da Liga Árabe com o intuito de reunir os dois lados para negociação.
Trabalhadores de Homs promoveram uma greve geral para protestar contra a repressão militar de Assad aos meses de levante popular, no qual três mil pessoas foram mortas, segundo a ONU. Moradores e ativistas disseram que a maioria dos trabalhadores ficou em casa e muitas lojas fecharam na cidade de um milhão de habitantes. Grupos opositores afirmam que ao menos 18 pessoas morreram, entre elas nove soldados das Forças Armadas.
Nos arredores de Damasco, foram ouvidas explosões e tiroteios em algumas áreas. Duas explosões fortes e disparos também foram ouvidos em Homs, enquanto em Hama, no centro do país, houve disparos com artilharia pesada em um centro médico.
Além dos protestos internos, Assad enfrenta pressão internacional para que pare a repressão à oposição. A França disse hoje que regime certamente sucumbirá, mas isso levaria tempo e o conflito poderia se aprofundar.
“Isso terminará com a queda do regime. É quase inevitável”, afirmou o ministro de Relações Exteriores, Alain Juppé. “Mas infelizmente isso pode levar tempo, porque a situação é complexa, porque há o risco de uma guerra civil entre as facções sírias, porque os países árabes ao redor não querem nossa intervenção.”
No centro de Damasco, milhares de pessoas se reuniram para apoiar Assad, no que se tornou uma demonstração semanal de apoio organizada pelas autoridades. A marcha aconteceu antes da chegada de enviados de seis nações árabes para conversas com o ditador, depois do pedido em 16 de outubro para que oposição e governo realizassem um diálogo na sede da Liga, no Cairo.
“O que se espera é que a violência acabe, um diálogo vai começar e as reformas serão alcançadas”, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, sobre a delegação liderada pelo Catar, que também inclui Egito, Argélia, Omã, Sudão e Iêmen.
Assad afirma que quer realizar uma reforma política, mas que os militantes tentam atrapalhar o processo. A oposição, por sua vez, diz que o ditador não tem a intenção de dar maior abertura ao regime, o que estaria comprovado pelo aumento nas mortes, torturas e prisões de opositores.
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