Neste domingo (11), o presidente dos EUA, Barack Obama, abriu as cerimônias do 10º aniversário dos ataques contra o World Trade Center, com uma visita ao Marco Zero e tocando os painéis de bronze com os nomes das vítimas do colapso. Obama, de mãos dadas com sua mulher Michelle e suas filhas, caminhou primeiro com o ex-presidente George W. Bush e a esposa dele Laura, para o North Memorial Pool, criado na área onde estavam localizadas as antigas torres.
Em seguida, todos os quatro abaixaram suas cabeças silenciosamente. Depois disso, o grupo dispensou cumprimentos e abraços aos familiares daqueles que morreram nos ataques terroristas. Este não foi um dia de discursos presidenciais: ao contrário, o papel de Obama era simplesmente o de estar lá, em Nova Iorque, e, em seguida, na Pensilvânia e no Pentágono, à medida que os Estados Unidos pararam no 10º aniversário dos ataques para lembrar as quase 3 mil vidas perdidas e ponderar sobre todas as consequências dos atentados.
Durante a cerimônia no Marco Zero, as palavras de Obama foram somente uma leitura do Salmo 46, que fala do refúgio e da força de Deus. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus", leu o presidente. Esse também é um dia no qual não há lugar para partidarismo. Bush deu a Obama um aceno rápido de solidariedade após a leitura do salmo. Os presidentes e suas mulheres ficaram atrás de um vidro à prova de balas durante a cerimônia, uma indicação do forte esquema de segurança em torno dos eventos. Com informações da Agência Estado.
A cobertura do JC
Há exatos onze anos, o Jornal do Comércio estampava, em sua capa, a mesma imagem que todos os jornais do mundo. As torres gêmeas dos Estados Unidos, conhecidas como World Trade Center, em chamas. A manchete daquela quarta-feira resumia a catástrofe: “Estados Unidos sofre maior ação terrorista”.
Seis páginas daquela edição do JC foram dedicadas ao assunto. As bolsas mundiais foram todas ladeira abaixo. Uma das notas publicadas pela editoria de economia informava que o Banco Central monitorava o impacto dos atentados. Afinal, no Brasil, o Ibovespa, caiu 9,17% em pouco mais de uma hora no dia da ação terrorista.
Veja a capa que o JC publicou no dia 12/09/2001:
