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Reino Unido

- Publicada em 15 de Dezembro de 2010 às 00:00

Juiz concede fiança para libertar Julian Assange


LEON NEAL/AFP/JC
Jornal do Comércio
Um juiz britânico concedeu o direito de fiança ao editor-chefe do site WikiLeaks, Julian Assange, durante uma audiência em um tribunal de Londres ontem. A ordem é dada uma semana após Assange se entregar à polícia, por causa de um processo que responde por supostos crimes sexuais na Suécia.
Um juiz britânico concedeu o direito de fiança ao editor-chefe do site WikiLeaks, Julian Assange, durante uma audiência em um tribunal de Londres ontem. A ordem é dada uma semana após Assange se entregar à polícia, por causa de um processo que responde por supostos crimes sexuais na Suécia.
O australiano de 39 anos é alvo de um mandado internacional de prisão. Seus advogados afirmam que ele é inocente e veem motivações políticas no caso. O WikiLeaks começou a divulgar no mês passado cerca de 250 mil documentos secretos diplomáticos dos Estados Unidos.
Entre as condições, Assange terá de usar um dispositivo eletrônico que controlará sua localização. Além disso, precisará se apresentar à polícia diariamente. A fiança dele foi fixada em 200 mil libras.
Na semana passada, Assange teve negado seu pedido para obter fiança. No entanto, ontem, o juiz Howard Riddle, da Corte de Magistrados de Westminster, de Londres, atendeu ao pedido da defesa. Além das condições já citadas, Assange terá de permanecer vivendo no mesmo endereço em Suffolk, nas proximidades de Londres.
Um advogado que representa os promotores suecos, que tentam extraditar Assange para a Suécia para que ele seja questionado sobre supostos crimes sexuais, disse que o país decidirá nas próximas horas se apelará da decisão de conceder a liberdade sob fiança.
Uma das mulheres suecas acusa Assange de usar força para segurar seus braços e suas pernas, impedindo que ela se movesse, e de ter relação sexual sem camisinha, apesar de ela ter dito anteriormente que esse era um pré-requisito para o sexo. A outra mulher alega que Assange fez sexo enquanto ela dormia, também sem usar camisinha, e apesar de um pedido anterior dela para que ele usasse o preservativo.
Também ontem, a emissora de TV australiana Channel 7 divulgou declarações feitas por Assange de dentro da prisão. No material entregue por sua mãe, Christine Assange, o fundador do WikiLeaks atacou as empresas Visa, MasterCard e PayPal por bloquearem doações para seu site. “Nós agora sabemos que Visa, MasterCard e PayPal são instrumentos da política externa dos EUA. Não é algo que sabíamos antes”, salientou. “Eu estou pedindo ao mundo que proteja meu trabalho e minhas pessoas desses atos ilegais e imorais.”
Cidadão australiano, Assange disse estar mais determinado do que nunca a publicar documentos secretos em seu site. “Minhas convicções são inabaláveis. Eu permaneço fiel aos ideais que já expressei”, destacou ele.
Christine não conseguiu se encontrar pessoalmente com o filho, e apenas pôde falar com ele por telefone por dez minutos. Ele afirmou que era mantido em confinamento em uma solitária. Foi a primeira vez que eles se falaram desde que Assange se rendeu à polícia britânica, em 7 de dezembro. Christine disse que o filho ficou tocado com as mensagens de apoio recebidas. “Como mãe, eu peço que o mundo todo se una por meu bravo filho”, declarou ela ao canal.
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