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Publicada em 20 de Setembro de 2025 às 00:00

O futuro da cirurgia chega ao Health Meeting com o Hospital do Amanhã

Projeto assinado pelo HCPA busca oferecer aos visitantes um mergulho tecnológico pela chamada

Projeto assinado pelo HCPA busca oferecer aos visitantes um mergulho tecnológico pela chamada "jornada do paciente"

Divulgação/Hospital de Clínicas de Porto Alegre/JC
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A terceira edição da Health Meeting Brasil/Sindihospa, que acontece de 21 a 23 de outubro em Porto Alegre, promete ser um retrato fiel das transformações que atravessam a área da Saúde. Um dos espaços mais aguardados é o Hospital do Amanhã, projeto assinado pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que neste ano apresenta a experiência de um bloco cirúrgico futurista. A proposta é oferecer aos visitantes um mergulho tecnológico pela chamada “jornada do paciente”, do planejamento pré-operatório à recuperação, em um ambiente que combina inovação, ciência e humanização.
A terceira edição da Health Meeting Brasil/Sindihospa, que acontece de 21 a 23 de outubro em Porto Alegre, promete ser um retrato fiel das transformações que atravessam a área da Saúde. Um dos espaços mais aguardados é o Hospital do Amanhã, projeto assinado pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que neste ano apresenta a experiência de um bloco cirúrgico futurista. A proposta é oferecer aos visitantes um mergulho tecnológico pela chamada “jornada do paciente”, do planejamento pré-operatório à recuperação, em um ambiente que combina inovação, ciência e humanização.
Estamos preparando um estande de cerca de 120 metros quadrados, dividido em três ambientes: sala de planejamento cirúrgico, sala cirúrgica e sala de recuperação. A ideia é que os visitantes vivenciem o fluxo real de uma cirurgia, interagindo com as tecnologias que já fazem parte da prática hospitalar de ponta”, explica Ana Paula Coutinho, diretora administrativa do Clínicas.
A inspiração vem de centros avançados do Brasil e do exterior, mas com a marca do hospital gaúcho, que há décadas se destaca como referência em ensino, pesquisa e assistência. “Nem sempre estudantes e profissionais têm a oportunidade de visitar feiras internacionais. Queremos aproximar esse conhecimento e compartilhar também nossa cultura de qualidade e segurança”, acrescenta Ana Paula.

Robôs, impressão 3D e inteligência artificial

O espaço Hospital do Amanhã será uma vitrine de tecnologias que já começam a moldar o futuro da medicina. O público poderá conhecer um simulador robótico, que reproduz procedimentos realizados com cirurgia robótica - tecnologia na qual o Clínicas foi pioneiro no Rio Grande do Sul. Haverá ainda torre de vídeo com fluorescência, recurso que amplia a precisão em procedimentos minimamente invasivos.
Outro destaque é o planejamento cirúrgico integrado a sistemas de diagnóstico, que permite ao profissional analisar imagens e dados em tempo real para personalizar cada intervenção. A inovação se estende ao uso de impressoras 3D para desenvolver simulações de órteses e próteses adaptadas às necessidades do paciente.
O espaço também abre espaço para as startups, que vão exibir soluções de inteligência artificial aplicadas à triagem e análise de exames. Uma das ferramentas em demonstração é capaz de priorizar resultados conforme a urgência clínica, auxiliando médicos e equipes a direcionarem recursos com mais eficiência.

A jornada do paciente, passo a passo

O estande foi concebido para mostrar não apenas máquinas e equipamentos, mas a experiência completa do paciente em uma cirurgia. A jornada começa no ambiente de planejamento, com identificação de necessidades, customização do procedimento e avaliação pré-anestésica. Em seguida, os visitantes passam para a sala cirúrgica, onde poderão observar como diferentes tecnologias se integram ao ato operatório. Por fim, o percurso se encerra na sala de recuperação, etapa em que entram em cena protocolos de monitoramento, segurança e cuidado humanizado.
“Nosso objetivo é mostrar que a inovação tecnológica não se resume a aparelhos de última geração, mas envolve processos e práticas assistenciais que colocam o paciente no centro”, explica Ana Paula.
Os benefícios dessa revolução tecnológica já são sentidos no dia a dia dos hospitais e tendem a se expandir nos próximos anos. Para os pacientes, o impacto é direto: maior segurança, diagnósticos mais precoces, tratamentos menos invasivos e internações mais curtas.
No caso dos profissionais, a adoção de ferramentas digitais e de automação ajuda a reduzir a sobrecarga de trabalho, otimizar tarefas repetitivas e aprimorar a tomada de decisão clínica. “Isso se reflete também na saúde mental dos trabalhadores, que podem concentrar energia no que realmente importa: a assistência ao paciente”, avalia a diretora.
Mais do que um estande tecnológico, o Hospital do Amanhã será também um espaço de troca de ideias. Durante os três dias de feira, o HCPA organizará talks e fóruns de discussão, com participação de médicos, enfermeiros, pesquisadores e gestores. A intenção é debater tendências, compartilhar práticas assistenciais e refletir sobre como humanização e inovação podem caminhar juntas.
A última edição, em 2024, marcou a estreia do Hospital do Amanhã no Health Meeting, com um estande que simulava uma UTI de última geração. A experiência atraiu milhares de visitantes e foi considerada um dos marcos da feira. 
O espaço é novamente desenvolvido em parceria com o escritório Seferin: Arquitetos da Saúde, que assina o layout e agrega experiência no desenho de ambientes hospitalares inovadores. “Nosso desafio foi criar um espaço que impressionasse não apenas pela tecnologia, mas também pela mensagem de que inovação e humanização são indissociáveis”, afirma Ana Paula.

Uma janela para o futuro

O Hospital do Amanhã é, em última instância, um convite para refletir sobre o futuro da medicina. Ao transpor as fronteiras físicas do Clínicas para dentro de uma feira, a instituição mostra-se não apenas como prestadora de serviços de saúde, mas como polo de inovação capaz de influenciar toda a cadeia de valor do setor.
“Queremos que a sociedade perceba o Clínicas como um hospital de referência em inovação, mas, sobretudo, como uma instituição que valoriza a excelência e o cuidado humano. Essa interação com o público nos motiva a seguir pesquisando, testando e compartilhando conhecimento”, conclui Ana Paula.
Se em 2024 o visitante pôde espiar a UTI do futuro, em 2025 será possível entrar na sala cirúrgica do amanhã - onde cada detalhe, da robótica à impressão 3D, aponta para um horizonte em que tecnologia e humanidade se complementam no mesmo ato de cuidar.

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