Atualizada no dia 28 de outubro de 2024, às 20h.
Ao menos quatro policiais civis e 60 criminosos morreram nesta terça-feira (28) durante uma megaoperação no Rio de Janeiro com 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha para tentar prender integrantes do Comando Vermelho (CV). A facção reagiu e lançou bombas por meio de drones.
O Hospital Getúlio Vargas confirmou a morte de dois policiais civis. Um deles é o policial Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, da 53ª DP (Mesquita). Em coletiva no início desta tarde, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que até aquele momento, quase 100 fuzis tinham sido apreendidos na operação.
Castro disse que policiais civis e militares também foram baleados e mortos na ação, mas não confirmou os números. "Estamos em estado de atenção e alerta para possíveis retaliações. Então, a polícia está toda na rua e todos os batalhões estão em prontidão", disse o governador.
A ação foi deflagrada a partir de mais de um ano de investigação e mandados de busca e apreensão e de prisão obtidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). "A Operação Contenção visa capturar lideranças criminosas do Rio e de outros Estados e combater a expansão territorial do Comando Vermelho. Os dois complexos abrigam 26 comunidades", disse a Polícia Civil do Rio.
Policiais militares do Comando de Operações Especiais e das unidades operacionais da PM da capital e região metropolitana participam das ações. Já a Polícia Civil mobilizou agentes de todas as delegacias especializadas, distritais, da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.
A Operação Contenção conta com drones, dois helicópteros, 32 blindados terrestres, 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM e ambulâncias para resgate.