A adega onde foram apreendidas 14 garrafas de gim com suspeita de estarem intoxicadas com metanol segue em pleno funcionamento, mas sem a venda de produtos da mesma marca dos que foram apreendidos pela Polícia Civil nesta terça-feira (30). O estabelecimento Empório Santos na avenida João Goulart, na Cidade Dutra, zona sul da capital paulista, estava aberto para a entrada e saída de clientes. Mas não constatou a venda de bebidas alcoólicas destiladas da marca suspeita, que costuma custar entre R$ 100 e R$ 130.
Em comunicado nas redes sociais, o estabelecimento deseja uma rápida recuperação às vítimas de intoxicação por metanol e afirma esperar "que tudo seja esclarecido o mais rápido possível" e salienta que "Não temos nenhum envolvimento com bebidas adulteradas".
Três estabelecimentos foram interditados nesta quarta-feira (1) em São Paulo e região metropolitana. Um bar na Alameda Lorena, nos Jardins, um na Mooca, zona leste, e outro em São Bernardo do Campo. Todos eles tiveram bebidas com suspeita de adulteração apreendidas pela Vigilância Sanitária municipal.
Governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (30) que registrou 22 casos de intoxicação por metanol. Sete foram confirmados e 15 estão em investigação. Do total, cinco casos resultaram em morte. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde.
Dos óbitos, um tem relação com a ingestão de bebidas alcoólicas. O envolvimento dos outros quatro com o consumo de álcool está sendo investigado. O protocolo de investigação prevê coleta de sangue ou urina, análise laboratorial e, depois, investigação sobre as condições da ingestão.
O governador afirmou que a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda vão analisar as notas fiscais dos estabelecimentos e cruzar as informações para chegar aos distribuidores.
"Vamos buscar descobrir quem comprou de quem, de onde está saindo essa bebida adulterada, quem são os fraudadores, a partir desse cruzamento de informações, saber se o problema está no distribuidor, no estabelecimento que está comprando o material sem a procedência correta, ou em outro elo da cadeia", disse Tarcísio de Freitas.
Folhapress