Para tirar do papel a expansão da operação com a construção de um novo prédio para atendimento, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre precisa de R$ 140 milhões. O montante deve ser levantado em três anos e, assim que uma parte já estiver no caixa, as obras poderão iniciar. No momento, a instituição fortalece a divulgação da campanha de arrecadação.
Diretor de Relações institucionais da SMS, Paulo Guimarães, e diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer
BRENO BAUER/JC
Com 81 anos, o HPS precisa de cuidados urgentes. Segundo o diretor de Relações Institucionais e Captação de Recursos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Paulo Guimarães não há, no Estado, outro pronto socorro que não esteja vinculado a um hospital e exalta a atuação em momentos críticos, como foi na tragédia da Boate Kiss, em 2013, quando foram recebidos pacientes de Santa Maria.
Há, inclusive, o intuito da inclusão de um heliponto no prédio, que é tratado com cautela pela complexidade do espaço ao redor. O que se destaca na reforma do HPS é a construção do novo prédio, na avenida José Bonifácio, que terá oito andares em 11 mil m². Com a ampliação, o número de leitos - hoje são 95 - passará para aproximadamente 200, informa a administração.
É nesta obra que os R$ 140 milhões estão previstos para investimento. Guimarães explica que o ideal para potencializar a arrecadação é uma Emenda de Bancada e, por isso, é tão importante o diálogo político apartidário. Além do poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil também são cruciais para a viabilidade do projeto, explica o diretor.
O terreno, por sua vez, está pronto. Adquirido pela prefeitura em fevereiro de 2012, já teve seus prédios demolidos e a expectativa é iniciar as obras no ano que vem. O projeto concreto deve estar pronto em um ou dois meses. Ademais, recursos inéditos serão adquiridos, como o exame de ressonância magnética.
Existe, ainda, um processo de revitalização do espaço operante no cruzamento entre as avenidas Venâncio Aires e Osvaldo Aranha. Esse já está acontecendo, com o orçamento de R$ 4,3 milhões oriundos do Fundo Municipal para Restauração, Reforma e Manutenção do Patrimônio Imobiliário de Porto Alegre (Funpat). Ali, são atendidas cerca de 150 mil pessoas por ano e são mais de mil servidores nos 19 mil m² de área.
Guimarães, acompanhado da diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer, foram recebidos pelo diretor-presidente do Jornal do Comércio na tarde desta quarta-feira (9).