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Publicada em 12 de Junho de 2025 às 09:47

Embate jurídico atrasa e dificulta remoção de fios soltos em Porto Alegre

Em 2024 foram retiradas 80 toneladas de fios em cerca de 180 vias

Em 2024 foram retiradas 80 toneladas de fios em cerca de 180 vias

Arthur Reckziegel/ Especial/Jc
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Arthur Reckziegel
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Já faz um bom tempo que um emaranhado de fios toma conta de postes, ruas e calçadas em Porto Alegre. Muitas vezes estão sem uso e soltos, causando riscos aos motoristas e pedestres. A situação foi se agravando desde que a força-tarefa liderada pela prefeitura para o recolhimento dos fios está paralisada, após a Procuradoria-Geral do Município (PGM) ingressar com uma ação civil pública, responsabilizando judicialmente as empresas telefônicas, de internet e a CEEE Equatorial pela ausência de manutenção da infraestrutura de telecomunicação e energia. A ação da prefeitura tramita na 20ª Vara Cível e de Ações Especiais da Fazenda Pública de Porto Alegre. 
Já faz um bom tempo que um emaranhado de fios toma conta de postes, ruas e calçadas em Porto Alegre. Muitas vezes estão sem uso e soltos, causando riscos aos motoristas e pedestres. A situação foi se agravando desde que a força-tarefa liderada pela prefeitura para o recolhimento dos fios está paralisada, após a Procuradoria-Geral do Município (PGM) ingressar com uma ação civil pública, responsabilizando judicialmente as empresas telefônicas, de internet e a CEEE Equatorial pela ausência de manutenção da infraestrutura de telecomunicação e energia. A ação da prefeitura tramita na 20ª Vara Cível e de Ações Especiais da Fazenda Pública de Porto Alegre. 
A força-tarefa, agora formada pela CEEE Equatorial e empresas de telefonia e internet, não conta mais com a participação da administração municipal, que aguarda os desdobramentos da ação judicial. A iniciativa foi criada em janeiro de 2024 e o último mutirão de recolhimento liderado pela prefeitura ocorreu no dia 27 de janeiro deste ano. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), ao longo de 2024 foram retiradas 80 toneladas de fios em cerca de 180 vias. 
De acordo com a assessoria da PGM, a prefeitura entende - e por isso ajuizou a ação - que a CEEE e as empresas de telecomunicações são responsáveis pelo gerenciamento da fiação, por isso não está participando dos mutirões. 
Em decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), no dia 4 de dezembro de 2024, foi determinado que as empresas CEEE Equatorial, Vivo, TIM, Claro e Oi deveriam participar semanalmente dos mutirões para retirada dos fios instalados e organizados pelas empresas. A CEEE informou através de nota que os mutirões são realizados duas vezes por semana, e já resultaram no recolhimento de 4,1 toneladas de cabos entre janeiro e março deste ano. 
Entretanto, a CEEE entende que a cessão das estruturas às empresas de telecomunicações é uma imposição legal e que a responsabilidade de manutenção e adequação técnica das ocupações são das empresas prestadoras dos serviços de telecomunicações. 
Para dar maior efetividade ao trabalho, ficou definido que a PGM pedirá a inclusão de novas empresas de telefonia e internet na ação judicial. A concessionária encaminhará lista de empresas que têm contrato de locação de infraestrutura ao município, que verificará a regularidade dessas empresas em seus cadastros. A SMSUrb tem repassado os protocolos que chegam através do 156 para a CEEE Equatorial para inclusão dos locais nos mutirões. Equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) têm recolhido os fios que estão caídos nas ruas e calçadas.

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