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Publicada em 07 de Março de 2025 às 18:57

Pesquisa indica que 32,9% dos delegados de polícia são mulheres no RS

Ainda longe de equidade, número de delegadas é o maior em 10 anos

Ainda longe de equidade, número de delegadas é o maior em 10 anos

Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini/JC
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Agências
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, o Rio Grande do Sul mostra que ainda falta equilíbrio na divisão de gêneros entre delegadas e delegados. De acordo com balanço da Polícia Civil, as 164 delegadas na ativa representam 32,9% do efetivo. Apesar da porcentagem ainda ser baixa, é o maior número de mulheres nesse cargo nos últimos 10 anos, o que indica crescimento da força feminina na segurança pública.
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, o Rio Grande do Sul mostra que ainda falta equilíbrio na divisão de gêneros entre delegadas e delegados. De acordo com balanço da Polícia Civil, as 164 delegadas na ativa representam 32,9% do efetivo. Apesar da porcentagem ainda ser baixa, é o maior número de mulheres nesse cargo nos últimos 10 anos, o que indica crescimento da força feminina na segurança pública.
Para a vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do RS (Asdep) e titular da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de Viamão, Marina Dillenburg, a explicação para um equilíbrio ainda distante se dá pela masculinização da segurança até o fim do século passado, uma ideia ainda bastante presente na sociedade. “Há um entendimento de que todos os trabalhos relacionados à segurança são prioritariamente masculinos e todo esse entendimento é uma construção social que perdura por décadas. Ainda hoje os meninos brincam de policial, bombeiro e começam a elaborar ali um futuro possível. Não ocorre o mesmo com meninas. Apesar disso, estamos reconstruindo uma nova realidade”, comenta.
Vice-presidente da Adesp Marina Dillenburg analisa as razões pelas quais o número ainda é baixo | Juan Link/Padrinho Conteúdo e Assessoria/Divulgação/JC
Vice-presidente da Adesp Marina Dillenburg analisa as razões pelas quais o número ainda é baixo Juan Link/Padrinho Conteúdo e Assessoria/Divulgação/JC


Embora o número de mulheres ainda seja menor do que o de homens, a vice-presidente da Asdep afirma que o dado atual é extremamente relevante. “É claro que queremos ter ainda mais mulheres à frente de delegacias, mas o número atual já nos mostra que estamos no caminho certo da equidade também na polícia”, enfatiza.

Silvia Coccaro, que também já foi vice-presidente da Asdep, hoje aposentada, vê avanços entre a época de ingresso na corporação, em 1992, e a realidade atual. “Quando comecei a carreira, éramos uma turma com 105 homens e apenas 15 mulheres. Ou seja, proporcionalmente, triplicamos esse número com o passar dos anos, o que é extremamente positivo”, destaca.

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